Palavras soltas...

(...) "Tenho aprendido muitas coisas nos últimos tempos. Uma delas é que jamais podemos deixar para amanhã um gesto de carinho, um sorriso verdadeiro, uma declaração de amor."

Confira a crônica completa clicando aqui.

sábado, 20 de novembro de 2010

Sobre o chororô...

Há muito tempo, bem antes de tudo, antes mesmo da criação desse planeta no qual vivemos e ao qual deram o nome de Terra, houve uma reunião entre os deuses do futebol.
Apesar de o esporte nascer bem depois, milhões de anos depois, mais ou menos quando os responsáveis pela criação ainda davam formas ao continente chamado Pangeia, onde mais tarde jogariam suas primeiras partidinhas de futebol – quando o couro de boi ainda nem existia – os deuses já sabiam como eram as coisas. Afinal, eles são deuses e sabem o que dizem.
Eis que, nessa reunião, os sábios queriam procurar o nome ideal para o sentimento triste e arrebatador provocado pela derrota. Se era um jogo alguém teria que vencer e, por isso, alguém deveria perder. Foi aí que, após uma longa discussão sobre qual palavra soaria melhor no idioma universal vindouro, nasceu a palavra Fluminense!
Sim raro leitor e querido torcedor, o Florminense é obra dos deuses que, após várias discussões filológicas chegaram à esta sábia decisão. Com seres perfeitos e acima de nós não se discute – apesar de saber que existe o livre arbítrio e a liberdade de expressão. O Flor, nada mais é do que a alegria daqueles que amam a vitória e que, por incrível que pareça, não são torcem por ele. O Flor é o oposto do vencedor. O Flor é a panacéia para os times que precisam vencer. Exatamente: o Fluminense, em toda sua pequenez, é, como se diz no popular, um saco de pancadas.
Como quase sempre acontece, eles conseguiram, sabe-se lá como, provocar paixões – paixão não se explica – e conquistaram alguns poucos adeptos que, nos raros dias em que conseguem vencer uma partidazinha, fazem questão de gritar para os quatro cantos do mundo que são torcedores.
Além disso, como erva daninha, nasceram outros pequenos grupos que se identificaram muito com o caso do Flor. Anos mais tarde, sem a ajuda dos deuses, os homens criaram o Botafogo – que, teima em não aceitar seu destino de derrotado e chora que nem criança querendo leite – e, um pouco mais tarde, o Cruzeiro, a sensação derrotacional do momento!
Um coisa é interessante. O Cuca é o rei desses times de chorões. Quando passou pelo Foguinho, teve até caso de jogador dando trabalho nos vestiários após tomarem um sacode do Mengão Justiceiro e Paizão Malvado.
Enfim, o Flor fez escola e agora somos obrigados a aguentar essas Mariazinhas chorando por conta de uma derrota. Queria eu que todos os derrotados fossem como o Vice da Gama. O Vice perde, toma lavada, é goleado, não ganha umazinha, mas sempre está lá, prontinho e arrumadinho para perder de novo, sem reclamar... Apesar de não acreditar em destino, admiro os viceínos pelo fato de eles acolherem com temor e gratidão aquilo que lhes foi oferecido pela vida: o papel de protagonista no mundo futebolístico. Eles aprenderam os ensinamentos dos deuses que, enquanto um nasce para sofrer, o outro ri. Vejam se aprendem seguidores do Cuca!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pode procurar, mas não há explicação!

Fatos inexplicáveis acontecem neste nosso mundo.
A cada instante somos surpreendidos por acontecimentos os quais achávamos possíveis apenas em filmes de ficção cientifica.
No entanto, tais fatos acontecem e é melhor estarmos sempre preparados.
Às vezes, a normalidade que nos acalma e ilude, por acharmos que tudo esta bem, é quebrada. Naturalmente, não costumamos ver isso com bons olhos.
Outra coisa que é bom ficar clara, é que, todos seremos surpreendidos em algumas ocasiões. Faz parte da vida.
No entanto, quando a ordem natural das coisas deixa de acontecer, é tirada do seu ciclo natural, onde os fortes vencem e os fracos perdem, por exemplo, ficamos assustados e, muitas vezes, tais cenas nos são motivos de emputecimento.
Administrar certos fatos torna-se muito complicado, dependendo das circunstâncias e razões. Causas e motivos, porém, devem ser deixados para que a racionalidade se faça presente.
Como sabem todos vocês, torcedores do Flamengo por herança genética e honra dos deuses, em um jogo de futebol não basta acabar com o adversário. É preciso fazer com que eles desistam de enfrenta-lo! É preciso afundá-lo. É preciso, no caso do Vice da Gama, mostrar para eles o terror de ser adversário do Mengão! No entanto, o Flamengo, mais uma vez em sua gloriosa história, perdeu pontos para um time pequeno, ontem.
Pensando assim, analisando profundamente o jogo entre o Mengão Estrelar e o Vice da Gama, chego a conclusão que o mundo anda totalmente sem base, sem noção e, exageradamente falando, perdido.
Empatar com o Vice Eterno é uma coisa inaceitável para os meus padrões de normalidade, justiça e compostura.
Às favas com a humildade, torcedor Rubro-Negro! Não se deve comemorar um empate com os vices nunca, jamais, em tempo algum.
Levadas em consideração as circunstâncias do jogo de ontem, o empate só deve ser comemorado por uma das duas torcidas e, certamente, não é pela Maior de Todas.
Nosso Flamengo foi melhor, jogou bola ao invés de dar porrada e praticamente realizou um treino de ataque contra defesa. Eles, pelo contrário, fizeram um gol na cagada, depois da falha de um zagueiro que nem de longe parece estar treinando no melhor clube do país.
Um flamenguista sabe que perdemos dois pontos. Já os mais desinformados dirão que conquistamos um pontinho, quando, na verdade, empatar com o Vice é a própria derrota.
Enfim, é triste. Não adianta procurar explicação. São coisas do além!
Mas, nada melhor para dar a volta por cima e sair da tristeza do que pegar um timeco pela frente e aniquilar os sonhos coloridos deles. Sendo assim: que venha o Gambá de gornaldo e cia.

PS.: Seria injustiça se eu deixasse de citar aqui nessas linhas a sapatada que o Galo, 2ª maior torcida de Minas (depois da do Flamengo, é claro) aplicou em cima das Marias! Obination relembrou seus tempos de Mengo e acabou com o mundo azul das meninas smurfs! Bão!

sábado, 23 de outubro de 2010

Enquanto a carona não chega


Ando meio sem inspiração pra escrever esses dias.
Mas, agora, enquanto espero a carona pra dar umas voltas, fiquei pensando em algumas coisas. Apenas pensamentos soltos. Resolvi registrar.
Se você se dispõe a ler meus devaneios, depois me conte o que acha de tudo. Adoro dividir e discutir opiniões.

Sei lá, vejo certas coisas que não entram na minha cabeça. E olha que me considero um cara de cabeça aberta.
Vamos a um exemplo prático. Atualmente não sigo nenhuma religião. Ando acreditando que as religiões estão muito mais moralistas do que espiritualistas. Preocupam-se muito mais em zelar pelos bons costumes do que aliviar as feridas das almas. É o que penso.
Mas, vá lá. Ainda assim, em certos casos, a religião é a panacéia na vida de algumas pessoas taxadas como perdidas nessa sociedade falsa e com mania de estereotipar tudo.
No entanto, certas coisas chegam a me provocar repulsa. Pessoas religiosas em seus templos, igrejas, centros ou terreiros, que, na prática, não aplicam a doutrina imposta pela religião.
Pessoas que, na frente do padre e dos fieis, por exemplo, pregam a caridade, a honestidade, a fidelidade e o amor ao próximo; mas, por outro lado, fora dali, são exatamente o contrário.
Do que adianta, por exemplo, dar esmola pra igreja e não dar um tostão para um maltrapilho na rua? Muitos vão dizer que o dinheiro pode ser usado pelo maltrapilho para comprar pinga. Mas aí, o problema é dele. O interessante é fazer sua parte!
Outro caso. Do que adianta ir a igreja rezar, ao centro espírita tomar passe, a um templo budista meditar e, ao sair dali, nada do que foi ensinado, refletido ou prometido ser cumprido em prol do próximo?
Ah, tenha “santa” paciência.
É muito bonitinho, ir lá, fazer a catequese ou discutir a caridade! Mas é uma hipocrisia o que tenho visto por aí. São pais de família “religiosos” e com duas esposas e uma amante. Esposas dedicadas e fiéis nos recintos familiar e religioso e, fora dali, adeptas da poligamia.
É muito fácil, raro leitor, dizer que acredita em Deus e que os ensinamentos dele são lindos e belos. É fácil demais ajoelhar-se, chorar de emoção, de tristeza e ser acolhido em um desses lugares. É poético ouvir os ensinamentos de um líder espiritual e se sentir renovado ao final da missa, da seção ou seja la o que for. Mas, ao sair dali, voltar ao seu normal, ser mentiroso, falso e, um patético fofoqueiro, que só cuida da vida alheia.
É bonito, por exemplo, sair com a bíblia debaixo do braço gritar para os quatro cantos do mundo que segue o que nela esta escrito! Mesmo que o que esteja escrito lá seja um monte de mentira e bobagem, ao assumir que iria seguir, a pessoa se comprometeu. Então cumpra. Tenha brio.
Estou cansado de hipocrisia.
Ah, por favor! Do que adianta rezar o terço, colocar velinhas para os santos em um altarzinho montado no canto do quarto se, no outro dia, o cidadão continua o mesmo lixo, o mesmo ladrão, cínico e outras tantas coisas? Alguém me explica?
Talvez seja melhor ser um vagabundo assumido do que um vagabundo mascarado, travestido de cordeiro e coitadinho.
É muito fácil colocar tudo nas mãos de Deus e sair praticando atos que magoam, destroem, matam, do que assumir sua parcela de responsabilidade. É facílimo errar, errar, errar e depois se confessar, pedir perdão a Deus ou passar por uma seção de descarrego ou ainda um simples e bem vindo passe no centro espírita. Alivia a consciência... “Deus vai me perdoar e me ajudar para que eu não seja mais assim...”

Trocando de assunto.
Veja bem, raro leitor, como é a vida. Há momentos em sua existência em que procurar explicação para certos acontecimentos é bobagem.
Vamos lá.
Certamente, você já se apaixonou por alguém. Talvez tenha se apaixonado pelo olhar, pelo sorriso ou pelo jeito de falar dessa pessoa. Talvez tenha se apaixonado pelo jeito de beijar todo especial ao qual foi apresentado. Ou, naturalmente, pela forma em que você e essa pessoa se davam tão bem na hora do prazer, do sexo e – para alguns – no momento em que se amavam.
Num belo dia, porém, isso tudo cai por terra.
De repente, a paixão acaba. Acaba não por culpa da pessoa. Não por culpa sua. Alias, não há culpados para isso.
É normal, se formos olhar bem.
Mas, de repente, você descobre, sem querer, que a princesa ou o príncipe encantado não existem. Não porque a pessoa tenha perdido sua majestade e o reinado tenha vindo abaixo. Não é isso. O príncipe – ou a princesa – nunca existiu. Era tudo fantasia. Fantasia da sua cabecinha tola e apaixonada, talvez encantada com aquele sorriso.
Descobre, da pior maneira possível, que dentre tantas coisas importantes – realmente importantes – a pessoa se preocupa com futilidades, com o que os outros vão pensar.
Descobre que, na verdade, enquanto pra você o que vale é estar junto – mesmo quebrados, sem nenhum tostão e assistindo Globo Repórter numa bruta sexta-feira – pra ela, para a outra pessoa, o barato é mostrar ao mundo que existe um novo casal na cidade. Um casal feliz, sorridente, tal qual uma daquelas propagandas de refrigerante.
Acho que é isso.
Vou passear...



sábado, 9 de outubro de 2010

Tudo passa *

* Por Flávia Oliveira Mariano

Galera, caríssimos leitores, estou postando mais um texto feito da minha amiga, Flavinha.
Mais uma vez ela foi simples, mas direto ao ponto em questão.
É difícil, triste, falar de amizades que simplesmente deixam de ser como antes. Mas acontece com muita gente.
Espero que gostem! Eu adorei!

(...)

Estavam conversando na escola, um dia normal, ensolarado e se encontravam em um banco no pátio... Ela e sua melhor amiga, rindo e colocando os papos em dia. Então bate o sino e as duas entram pra sala, mais as duas sempre muito animadas continuaram a fazer gracinhas... Mas a garota não tava muito satisfeita com a amizade delas, se perguntava se um dia aquela amizade de antes voltaria ao normal, porque – acredite - nada estava normal ali. As duas haviam se desentendido há alguns meses e nunca mais a amizade voltará a ser a mesma. Parecia que tudo o que haviam vivido e sentido juntas antes se apagará em alguns dias e a garota não se conformava com isso. Pra ela era como se toda a irmandade e confiança construída ali se destruíra. Agora a menina imagina porque tudo aquilo que parecia ser pra sempre se acabou tão fácil. Talvez elas não eram amigas de verdade e só estavam juntas pra se divertir, mais ela achava que se fosse pra voltar algo fingido ela preferia seguir em frente, mais nunca se esquecera do que viveram. Talvez mais pra frente as duas se entendam e volte a ser o que chamavam de normal.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

No banco da praça...

Acredito que irá chegar o dia em que me entenderei. Acredito – e torço – que chegará o dia em que os homens perceberão que as guerras não resultam em outra coisa senão tristeza e ódio e mais tristeza e mais ódio e assim por diante. Acredito que enquanto houver amizade verdadeira o mundo ainda tem jeito. Acredito que o Flamengo vai sair dessa situação ridícula dentro do campeonato. Acredito que os processos eleitorais aqui não Brasil ainda serão justos um dia. Acredito que quem acredita em Deus um dia vai parar e perceber que só acreditar Nele não adianta nada. Acredito que vou conquistar o coração daquela pessoa especial. Acredito que ela ainda vai me deixar – pelo menos tentar – conquistá-la. Acredito que o tráfico de drogas, as drogas, ainda serão aniquilados. Acredito em mim. Acredito que de todas as coisas boas que existem, as melhores são aquelas as quais se pode dividir com alguém. Acredito que a corrupção será colocada para fora do país, assim como colocamos pragas para fora dos nossos jardins. Acredito que meu filho ainda vai ajudar muita gente. Ele é bom. Acredito que um dia os governantes vão perceber o verdadeiro valor da educação e, assim, a valorizarão. Acredito que os cinco minutos gastos até agora escrevendo esse devaneio não me farão falta. Acredito que de vez em quando é preciso tirar cinco minutos do nosso precioso tempo e gastá-los com coisas "bobas", mas que nos fazem bem. Acredito que quem ama alguém em segredo deveria se declarar. Acredito que todos os segredos um dia serão revelados. Acredito que um dia hão de criar um remédio que cure todas as dores. Acredito nos sonhadores. Acredito que exista vida em outros planetas. Acredito que um dia um homem ainda vai até a lua, pois, pra mim, ainda não foi. Acredito que existem coisas muito mais importantes do que gastar milhões com uma viagem à lua. Às vezes, vivo no mundo da lua. Acredito que um dia algumas pessoas deixarão de acreditar que o destino é responsável por tudo; os responsáveis somos nós, afinal. Acredito em você. Não me decepcione. Acredito em mais um monte de coisas e espero um dia compartilhar com você, mas agora vou trabalhar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pensando no futuro

Vou tentar ser breve. Até por que aproveito este espaço para me divertir.

No entanto, às vésperas das eleições é impossível não tocar no assunto.
Acredito que a essa altura do campeonato, a ampla maioria dos eleitores já tenha escolhido seus candidatos.
Mas, mesmo assim quero expor minhas considerações.
Quem acompanhou o último debate entre os candidatos a governador de Minas Gerais, o estado mais bonito do País, talvez tenha chegado à triste conclusão de que os candidatos são meio que superficiais. Estamos, na minha humilde opinião, muito carentes de bons candidatos por aqui.
Ora, o Antonio Anastásia (PSDB), é fraco. O Hélio Costa (PMDB) não expõe propostas, só ataca o Anastasia. O José Fernando (PV) é tudo, menos preparado para ser governador de um dos mais importantes estados da federação. O professor Luiz Carlos (PSOL) tem boas ideias e propostas interessantes; pena que não teve uma boa assessoria e, desta forma, o povo nem o conhecia. Além disso, ele precisa estar atento que se for eleito, precisa sim de apoio político. Sozinho ninguém faz nada.
Ta difícil.
No entanto, é preciso pensar rápido. MG precisa de alguém que resolva problemas graves como o caos na educação. Precisa também de um legislativo forte para solucionar o problema da segurança pública. Além disso, nossos médicos, professores e policiais, todos imprescindíveis, estão com salários defasados e isso precisa ser corrigido.
As pequenas cidades, como Uberaba, não recebem investimentos do governo estadual. Hospitais estão um lixo e escolas só ficam em greve.
Penso que o Aécio Neves tem muito carisma. Mas, pra mim, um cara que gasta R$ 700 milhões com propagandas sobre o que ele diz ter feito não serve. Dava para fazer muita coisa com essa grana toda. E mais, gastar outra cacetada de milhões em um Centro Administrativo, uma obra faraônica, é a mesma coisa de chamar a nós, eleitores, de bobos.
Presidenciáveis. O debate de quinta-feira foi horrível. Aliás, nem foi. Foi engraçado, cômico. Ainda assim, Marina Silva, mais uma vez, demonstrou que esta preparada para assumir o cargo de presidente do Brasil. Ela deu show nos outros candidatos. No debate não há ensaio, se gaguejar, já era. Deve ser isso. Marina tem propostas sólidas e merece mais atenção da população. O negócio dela não é apenas pensar em plantar árvores. A solidificação da democracia, da economia e o resgate da valorização da força de trabalho são pilares importantes e que ela, Marina, defendeu durante toda a sua campanha.
Serra é fraco. Só sabe falar que fez um plano contra AIDS e arrumou o metro de São Paulo. O país não é só isso. Além disso, ele perde tempo demais acusando o governo atual ao invés de apresentar propostas.
Dilma é marketing. Essa Dilma que vemos na TV é muito diferente da Dilma de verdade, a mesma Dilma que morou aqui em Uberaba em sua infância. No entanto, Dilma ainda é melhor do que o Serra. Dilma sabe administrar e, no momento, o país precisa disso. Além disso, penso que é preciso deixar partidos como PSDB e Democratas longe do poder.
Plínio Arruda, do Partido Socialismo e Verdade, foi injustiçado durante a campanha. Assim como são injustiçados todos os representantes de partidos “menores”. Ele é radical, mas é fundamentado naquilo que diz. E, além de tudo, ele disse o essencial: O Brasil não precisa de pessoas que apenas melhorem a situação, os problemas. O Brasil necessita de governantes que resolvam a situação, os problemas.
No mais, sou contra as campanhas de anular voto. Direitos adquiridos não podem ser jogados pelo ralo.
E uma dica: joguem fora seus títulos eleitorais. O Supremo nos jogou na cara que o Título de Eleitor não tem valor algum. Que pelo menos seu voto valha.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Caros Amigos

A inveja destrói qualquer coisa.
O trabalho sério e honesto, porém, reergue qualquer coisa destruída pela inveja.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ainda não...

No último final de semana, ele alugou uns dez filmes bem românticos, principalmente comédias românticas, por acreditar que amor precisa ser engraçado também... Filmes daqueles, que no final, o cara se empolga todo para tomar coragem e se declarar à mulher amada. É disso que estou falando.
Aproveitou para ensaiar algumas falas que os mocinhos diziam para conquistar as mocinhas. Em algumas tentativas, de frente pro espelho, até que se saiu bem, muito bem.
Seu plano, era conquistar aquela menina. Aquela mulher. Aquela pessoa especial...
Mas, no final das contas, sabia que seria difícil demais ultrapassar a barreira da timidez para se declarar à ela, a quintessência da beleza e da perfeição. Perfeição em forma de mulher.
Na vida real as coisas não são tão fáceis assim. Na vida real, nem sempre há como voltar a cena e dizer tudo de novo. Aliás, até tem. O difícil é que isso não é filme. Sendo assim, pode ser que a outra pessoa nem queira escutar o que você tem a dizer depois de uma mancada. E mais: mesmo que ela se disponha a escutar, isso não quer dizer que o que foi dito ou feito será esquecido... a vida é real, cruel as vezes. O phoda e ao mesmo tempo bacana da vida é que não há como editá-la; não há como cortar as cenas que ficaram ruins.
A vida segue, aconteça o que aconteça.
De uma coisa, porém, ele sabia: ela era, de fato, diferente. Especial.
Ele a admirava com a mesma intensidade que o sol ilumina sua grandiosa galáxia; a sentia como uma mãe sente o filho em seu útero; a procurava como um sedento procura por água no deserto; a desejava como... como... (deixa eu encontrar a melhor palavra... um momento, por favor...) Ah, ele a desejava de uma forma tão intensa que eu nem sei explicar, entende?
Caso não entenda, posso garantir que você vai entender, pois acho que todo mundo já desejou alguém assim. Se não desejou ainda vai desejar.
Quanto ao nosso amigo, apesar das 48 horas ininterruptas assistindo filmes românticos, não foi dessa vez que o cara se declarou. Na hora “H” faltou coragem, ele gaguejou e começou a falar de futebol para ela, logo para ela, que odeia futebol. É a vida. É real. É o amor. É real.

É isso.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Só devaneando...

Há algum tempo deixei de postar algo por aqui.


Os últimos dias foram tensos e, às vezes, certos prazeres – como o de escrever pela simples vontade de escrever e depositar meus devaneios nesse humilde, porém muito bem frequentado, espaço – acabam sendo deixados de lado.
No entanto, caríssimo leitor e necessária leitora, alguns prazeres jamais deveriam ser colocados de lado. Dentre esses, cito-vos o prazer de uma boa prosa; o beijo molhado daquela pessoa especial; o sorriso incomparável de alguém muito amado; um gol do Flamengo e a inenarrável sensação de que a noite foi pequena demais, simplesmente pelo fato de que todo o tempo do mundo seria insuficiente para se aproveitar os momentos ao lado daqueles que te fazem bem.
Ainda que possa parecer besteira, tomar café da manhã – leite com toddy e pão na frigideira – ao lado do meu filho é algo que eu não trocaria por nada. Qualquer coisa que se faça ao lado de quem se ama é, por si só, sinônimo de perfeição. É bom pensar nisso.
No entanto, a lamentável mania de alguns em se vestir de andrajos que há muito deveriam ter sido jogados fora, faz com que certos vícios nunca sejam colocados na lixeira de nossa vida.
Um desses vícios é encarar o maior dom que temos tão somente como um látego excruciante.
A vida, para certos energúmenos, se resume ao ato de reclamar. E isso, resumidamente, é um gesto de morte.
Logicamente, não me darei o direito de ser hipócrita e afirmar que tudo está lindo e que nada precisa ser mudado. Mas a solução para qualquer problema tende a nascer a partir do momento em que se deixa de reclamar para se trabalhar em prol da causa.

É isso.

Muita calma nessa hora...

O Flamengo é muito maior do que essa pífia campanha que o time apresenta na atual edição do Campeonato Brasileiro.
O Flamengo é o Maior Time de Futebol do Mundo. Não por acaso, temos a Maior Torcida do Mundo.
Ser Flamenguista não é questão de escolha, de destino e de forçar a barra. Não. Ser Flamenguista é questão de dom. Não é o cara que escolhe ser flamenguista. Os flamenguistas, essa raça superior do mundo futebolístico, são escolhidos. Ponto para nós.
Portanto, por mais que eu queira utilizar argumentos lógicos, estes faltariam na hora de se explicar o que é ser torcedor do Flamengo. Sentir-se superior e ter o sangue rubronegro correndo nas veias é um direito conquistado e algo que nem mesmo o Grande Criador do Universo saberia explicar. O Flamengo é maior, pois fugiu ao controle desse mesmo Criador na hora da Gênese. O Flamengo, pois, é um Universo paralelo. Pontos para nós que fechamos com o certo!
Os integrantes das castas inferiores jamais saberão o que é isso.
Ser Flamengo é ser Maior.
Portanto, a esses mesmos mal vestidos que vivem aos solavancos e que momentaneamente estão a nossa frente, o recado da hora seria: aproveitem, a hora do recreio está acabando e o Mengão Doutrinador Geral e Panacéia do Mundo esta bufando atrás de gambazinhos, bambis, porquinhos, florzinhas, vices, foguinhos, galinhas e mariazinhas... a partir de agora é hora de espalhar o terror. A partir de agora voltaremos a ser o Flamengo.

Eu acredito!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ainda bem que passou!

- Nada de triteza. Concentre-se em ser feliz! -

Que joguinho cretino aquele de ontem.
O Flamengo, Astro Rei do Futebol Mundial, conseguiu a façanha de empatar com o Patético Mineiro. Isso, pra mim, é sinônimo de derrota.
É inadmissível para nós que fechamos com o certo, aceitar tropeços como o ocorrido na noite desta quinta-feira.
Resumindo, o Flamengo foi cretino e aqueles momentos em frente à televisão foram desnecessários. O que salvou a noite, verdade seja dita, foi a sempre agradável, engraçada e necessária companhia dos amigos! Rimos muito daqueles pernas de pau do Mengão e do Atrético.

Bola pra frente, irmãos e irmãs Rubro-Negros!
Era só um jogo.
A vida é muito mais do que isso.
Hoje é sexta-feira, afinal, dia de alegria!
Além disso, no final do dia sempre tem o sorriso do meu herdeiro a me esperar; a preocupação materna da dona Lourdes e minha caminha pra deitar.
(...)
Hoje, no entanto, já ganhei meu dia; apenas por aquele sorriso; a quintessência da beleza; o sorriso dela!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E agora?

Como bem cantou Chorão, “Cada escolha, uma renúncia. Essa é a vida”.
Mas escolher é tão difícil. Acertar, então, nem se fala!
Pra começar, suas decisões nunca vão agradar a todos. E é bem capaz dessas tais escolhas não agradarem nem mesmo a você!
É tenso.
O phoda (com PH) é que a vida da gente não funciona como as pesquisas do IBOPE... Aqui, no mundo real, não existe esse lance de margem de erro de dois por cento, para mais ou para menos. Ou você acerta, ou você erra. É assim.
É cruel.
No entanto, você que se dispôs a ler esse devaneio deve concordar comigo: a vida é feita de escolhas.
Você escolhe dormir ou ficar acordado.
Decide se casa ou se compra uma bicicleta.
Escolhe se declarar ou não à pessoa amada.
Resolve, de uma vez por todas, se aceita ou não aquela proposta... de namoro, de emprego, de viajar, de estudar, de ir dar uma volta pela praça.
Porém, há algo que deve ser dito. Ninguém pode escolher por você. As pessoas podem te ajudar, alertar, dar conselhos, serem amigas. No entanto, na hora de decidir que caminho seguir, quem vai escolher é você e só você.
Caso escolha o caminho errado, as consequências podem ser desastrosas. Além de prejudicar você, outras pessoas podem sair machucadas em decorrência dessa tal escolha, a qual, lá atrás, parecia ser a mais correta.
Porém, há outro porém. Só é possível saber se a escolha é certa ou não... escolhendo!
Parece simples, mas não é. É nessa hora que o ateu clama por Deus e que o crente fervoroso apela por uma ajudinha no terreiro... é tenso! Tão tenso como se encontrar sozinho, abandonado, no meio do Desfiladeiro das Termópilas, talvez.
Então, se quer saber se aquele lance que não sai da sua mente vai dar certo... vá em frente, escolha! Ou então, escolha não escolher; o que, por si só, já é uma escolha...

Leia também: Entre Bocejos e Cervejas!

sábado, 7 de agosto de 2010

Simples assim

Aproveite cada momento da sua vida como se fosse o último.


Caso o momento em questão seja ao lado de alguém que você ame muito, leve muito a sério o que eu disse na primeira linha desse devaneio.

Mesmo que o sol esteja escaldante e as águas do rio sejam bastante convidativas, se não souber nadar, não vá se arriscar. Entre, se molhe, refresque-se e volte a aproveitar o momento ao lado de alguém que você ame muito.

Dizem que escalar montanhas é algo inexplicável, fantástico. Mas se você tem não experiência com a coisa, faça algumas aulas antes. Enquanto isso, aproveite os dias sem aula para ficar ao lado de alguém que você ame muito. Isso também é fantástico.

Existem pessoas que gostam de ir ao cinema sozinhas. Mas quando tiver oportunidade, aproveite para ver um filme em casa, de preferência ao lado de alguém que você ame muito. Faça pipocas.

Faça o que gosta. Leia um livro. Corra. Dance. Trabalhe e descanse. Não espere muito tempo para fazer algo que lhe trará prazer. Não espere a hora certa de demonstrar carinho a alguém. Aproveite o tempo, tão precioso, ao lado das pessoas amadas.

Faça amigos. Construa e preserve as amizades!

No mais, bom final de semana a todos!



(Uberaba, 31 de julho de 2010)

sábado, 24 de julho de 2010

Relax..

Sou um sonhador. Sonho mesmo. Adoro sonhar e correr atrás para que meus sonhos se tornem reais.


Mas, irmãos e irmãs Rubro-Negros, para tudo há um limite! É um absurdo, uma vergonha e chega a ser ridículo e falta de educação os torcedores do pentavicecampeão brasileiro acharem que vencerão o Flamengão Máster! Aliás, podem até vencer, se contarem com a ajuda daquele gramado ridículo, esburacado, sem drenagem e com tons lilases.
Além disso, ainda estamos jogando com os moleques e todo mundo que fecha com o certo sabe que o que vale no Brasileirão é o segundo turno. É lá, no segundo turno, Onde os Fracos Não Têm Vez, que o Mengão Comandante do Universo se diferencia. Por ora, estamos em fase de aquecimento.

Por isso, torcedor Rubro-Negro, não há motivo para nos preocuparmos com o jogo de amanhã. Vá curtir seu domingão. Vá jogar bola ou assistir um bom filme ao lado de uma pessoa especial. É, vá namorar! Aproveita e dá uma volta com seu filho, solta pipa com ele, aproveita os ventos de julho!
Afinal, não dá para levar muito a sério um campeonato onde o Florminense (ainda) é líder...

Todo mundo sabe que esse timinho que um dia já jogou de igual para igual como Justiceiro do Futebol, tem uma dívida com a sociedade... o lugar deles é na Série Z! Mas isso é assunto para outro dia!

Não sou profeta, mas é fácil vaticinar quem saíra campeão no final... Mengão do Meu Coração!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ensaio... (faltou acordar)


Foi um pouco depois de ele ter escovado os dentes e se deitado em sua cama. Isso não importa muito, mas era perto da meia-noite. Então, subitamente ele percebeu.
Havia chegado a hora.
Ele respirou fundo. Preparou-se muito para aquele momento.
O momento.

Era chegada a hora de se declarar a ela. A hora de declarar para a mulher dos seus sonhos, talvez, a mulher da sua vida. Talvez, não!... Ela era a mulher da sua vida. Estava ali, tudo na ponta da língua, dentro da mente e, o melhor de tudo, era de coração.

Respirou fundo e começou... olhando nos olhos da amada, ele, enfim, disse:


(...)
Sempre procurei a melhor forma de lhe dizer tudo isso.
Procurei palavras, fórmulas mágicas, ensaiei gestos, fingi sorrisos e treinei olhares.
Pura bobagem.
No fundo, eu sabia que quando chegasse o momento, nada disso adiantaria.

A vida é assim. A gente vive programando momentos. Mas momentos são únicos, só acontecem uma única vez. Sendo assim, os momentos que ensaiei em minha mente, jamais se repetirão, uma vez que já existiram em meus pensamentos. Talvez, só talvez, tais momentos aconteçam aqui, na realidade, mas de forma ainda mais intensa... vivos.

Bom. Vamos lá. O que quero lhe dizer não é isso. Eu sempre me embaraço em situações como essas e começo a falar de coisas que não têm nada a ver.
(...)
Tenho aprendido muitas coisas nos últimos tempos. Uma delas é que jamais podemos deixar para amanhã um gesto de carinho, um sorriso verdadeiro, uma declaração de amor.
Por isso, e não só por isso, vim me declarar a você.
Eu precisava ao menos tentar lhe dizer o quanto você é especial pra mim. Preciso, de alguma forma, lhe demonstrar esse sentimento, ainda que você não queira vivê-lo comigo.
Quero, do meu jeito, fazer você sentir o quanto és importante em minha vida.
Faz parte dos meus planos, fazer planos com você. Faz parte dos meus sonhos, que você esteja comigo no dia em que eu conseguir realizá-los.
É imprescindível que você esteja comigo para que esses sonhos se realizem por completo, afinal você faz parte de todos eles, sem exceção.
Acho que te amo.

(...)

Não parecia, mas já havia se passado uma noite inteira. Eram 6 horas da manhã. Hora de trabalhar e ele não havia se declarado a pessoa amada.

Mais uma vez, ele apenas sonhou. Mais uma vez, a sua declaração ao ser amado ficou apenas no plano dos sonhos. Talvez hoje, antes de dormir ele, enfim, crie coragem e se declare... Quem sabe por telefone, MSN, orkut...
E mais uma vez o despertador tocou.
É hora de acordar!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tirando onda

Qualquer semelhança não é mera coincidência. A Holanda, seleção que desclassificou o time do Dunga, é muito, mas muito mesmo, parecida com o nosso eterno freguês, o Vice da Gama.


Começaram bem, venceram todos os jogos, mas na hora em que a chapa esquentou, na hora em que mais precisavam crescer e derrotar o adversário e todas as outras adversidades que cercam uma decisão, eles sucumbiram, tremeram, amarelaram e, novamente, foram vices!

É o Vasco escritinho!

Até acho que esse timeco deveria mudar a cor da camiseta; ao invés de preto e branco, utilizar o laranja... podre! Azeda! Isso também serve para o Foguinho.

Mas enfim, não foi para isso que me dediquei a escrever, hoje. Não! Até porque todo mundo sabe que o Vasco é vice e sempre será... e que o Flamengo continua em sua inegável posição de centro do universo do futebol. É assim, sempre foi assim e sempre será...



O fato é que no final das contas, estou muito feliz por a Copa ter finalmente acabado. Ôh, copinha chata, sem graça e sem futebol. Com exceção da Espanha, que valoriza o toque de bola; da Alemanha, que apresentou um futebol ofensivo e agressivo; e do raçudo Uruguai, a Copa foi bem abaixo do esperado.

É por isso que estou feliz com a volta do Brasileirão. A cada dia me convenço de que algumas pessoas têm razão ao afirmar que esta valendo muito mais torcer pelos clubes do que pela Seleção. A nossa Seleção deixou de ser “nossa”. Os jogadores “europeus” que vestem a camisa do Brasil parecem o fazer por obrigação quando, na verdade, defender o nome do País no maior evento esportivo do mundo deveria ser algo feito com honra, alegria e entrega.

O Brasileirão volta e com ele algumas coisas que nunca mudam. O Vasco vai lutar para não ser rebaixado e o Flamengo, como sempre, lutará pelo título. Amanhã tem Flamengo contra Botafogo! Logo, amanhã é dia de voltar a comemorar... Zico voltou e Ronaldinho deve vir por aí e a vida continua!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cartão Vermelho!

O que dizer sobre o caso do goleiro Bruno, no qual ele é acusado de ser o mandante do assassinato de sua ex-amante?
Tanta gente já disse tanta coisa que fica até difícil falar. De lei, entendo muito pouco, mas sei que matar alguém é algo extremamente fora de lei. Logo, Bruno, que em breve será ex-atleta profissional, é um fora da lei.
O que ele fez, ao contrário do que afirmam certas falácias, não tem nada a ver com o fato de o infeliz jogar no Maior do Mundo, não. O Bruno, penso, poderia estar no maior clube da Europa que é bem provável que faria a mesma coisa. O negócio ali, meu caro leitor, é questão de caráter, índole, saca?
Escutei um apresentador da TV dizendo que ele foi influenciado pelas amizades, que o convenceram de que matar a mãe do filho dele – mãe do filho dele – era mais vantajoso do que dar 30% do seu salário como pensão alimentícia, algo em torno de R$ 60 mil por mês. (...) Tudo bem que o meio futebolístico está cheio de jovens e belas mulheres querendo tirar uma casquinha da fortuna dos jogadores. Mas o Bruno sabia disso. Então, além de tudo ele é burro. Pô! Com tanta grana, não sobrou um trocado para a camisinha? Além disso, é muito fácil alegar essa historinha e tirar o dele da reta!
É aquele negócio, o cara acha que tem grana e nada vai o atingir. Se acha acima de tudo, inclusive da lei. Se acha um deus. Se acha...
No entanto, o caso é mais complexo. E, quem lê um pouquinho de jornal ou até mesmo na internet, sabe que casos como esse são mais comuns do que se possa imaginar. A questão é que dessa vez, um dos envolvidos é pessoa pública, é ídolo, e isso gera notícia. Além disso, com a Copa do Mundo sem graça como está e com as eleições ainda em seu inicio, a mídia estava precisando de algo para noticiar.
Lamentavelmente, muitos morrem, são desossados, picados e enterrados e ninguém fica sabendo. Eliza é mais uma vítima. Infelizmente, vai virar estatística. O que sobra é um órfão que, quando crescer, vai saber que sua mãe foi morta a mando do pai, um ídolo de milhões de crianças como ele, que transformam seus ídolos em espelhos, heróis... Isso é triste.

sábado, 3 de julho de 2010

Previsível

É complicado falar de derrotas. Pois, depois que elas acontecem, é muito fácil, e chega a ser covardia, dizer que já sabia que as coisas terminariam daquela forma: com derrota.
Mas, mais do que uma cronicazinha bonitinha, exaltando os jogadores e dizendo que os caras foram guerreiros e suaram sangue (o que não aconteceu em nenhum momento dessa Copa do Mundo) é preciso ter coerência para perceber que a atuação da Seleção Brasileira foi esdrúxula e, no final das contas, o resultado foi justo, justíssimo.
A Holanda mereceu vencer, tanto quanto o Brasil mereceu perder.
Ainda concordo com os mais sábios: futebol não tem nada a ver com merecimento. Tem a ver com competência. E mesmo sem jogar um futebol brilhante, sem nada de especial, apenas avançando a marcação e não deixando Kaká e Robinho tocarem na bola, os competentes holandeses decidiram a partida em dois lances de bola parada; este, aliás, o ponto forte do nosso time!
Felipe Melo não é o culpado. Júlio César, que falhou no primeiro gol, também não é culpado. Aliás, não existem culpados. Derrotas acontecem, fazem parte do futebol. Para alguém vencer, outro precisa perder. Ontem, perdemos.
Seria Dunga o grande culpado? Acho que não. Ele apostou em suas convicções e não fez isso sozinho. A comissão técnica existe para auxiliá-lo e dar opinião a respeito da convocação. Sendo assim, Dunga não convocou esta Seleção sozinho.
Caro leitor, amigo torcedor, todos sabemos que se tivéssemos a chance de convocar uma Seleção, muitos ficariam insatisfeitos com nossas escolhas. É preciso, pois, perceber, que o Dunga, por mais teimoso que é, fez o que achava certo e fez o seu melhor. Porém, é preciso ter consciência de que o melhor do Dunga é bem abaixo do que se precisa para conquistar a Copa do Mundo. Ele é tudo, menos técnico de futebol.
Ontem, porém, com o seu time correndo atrás do placar, ele deve ter percebido seu grande erro. Deve ter sido triste para o Dunga olhar para o banco de reservas e não ter quem colocar no time, na vã tentativa de virar o jogo. Havia volantes demais e jogadores de qualidade de menos. Havia comprometimento, claro, mas só isso não ganha jogo. Faltou habilidade, competência, controle emocional e, principalmente, aquilo que diferencia o nosso futebol do futebol jogado no restante do mundo: faltou o futebol brasileiro na África do Sul. Enquanto todos os técnicos levaram para a África o que tinham de melhor, o Brasil se deu ao luxo de deixar o melhor por aqui...
... É tenso!

terça-feira, 29 de junho de 2010

( )



* Por Flávia Oliveira Mariano
Galera, caríssimos leitores, estou postando um texto feito pela minha amiga, Flavinha.
Ela conseguiu sintetizar algo tão importante, imprescindível, para que sejamos felizes e encontremos pessoas e lugares especiais.
É preciso perceber as pessoas, a vida, o momento. É preciso perceber...
Curtam o belo texto da minha amiga! Desde nova já demonstra talento!
Espero que gostem! Eu adorei!



Era um menino que vivia em meus sonhos. Mas nunca saberia o nome daquele menino lindo, e maravilhoso que havia sonhado. Aquele ser que do nada apareceu em meus sonhos e começou a mexer com os meus pensamentos. Não sabia ao menos se ele era real, só conseguia me lembrar de seus cabelos castanhos e do seu sorriso encantador, o menino que me deu atenção e carinho mesmo sendo em sonhos, o menino que me compreendeu.
Será que em algum lugar do mundo esse menino existiria?
Eu não sabia.
Mas ao invés de esquecer um sonho bobo eu só ficava imaginando se algum dia iria encontrá-lo, se um dia ao menos iria vê-lo.
Eu não queria acordar, eu não queria mesmo esquecer meu anjo, esquecer aquele que perseguia meus sonhos. Mas não tinha jeito, eu tinha que seguir minha vida, ao invés de ficar sonhando com um ser desconhecido.
Mas eu voltaria a sonhar com ele, só pra matar saudades, só que para que ele não se tornasse um ser impossível.
Foi quando percebi que eu o conhecia, mas só não notava que ele sempre esteve muito perto de mim, que ele me admirava e que eu ignorava o fato de o ter por perto; e que sim, ele poderia ser o meu menino de sorriso encantador, e que ele poderia me fazer feliz mas do que qualquer outra pessoa tenha tentado.

sábado, 26 de junho de 2010

Invertendo...

Quem precisa da Polícia, aí?


Eu e minha família precisamos. E, acredito que você, caro leitor, e sua amada família também.

Até curto a música, mas dizer que não precisamos seria mentira.

E porque precisamos, queremos uma polícia bem preparada, estruturada, eficiente e, acima de tudo, honesta.

Aliás, é assim que queremos todas as instituições, inclusive a educação, que anda uma vergonha aqui em Minas Gerais e – é o que eu penso – a culpa não é só dos professores.

Mas falemos da Polícia. Trabalhando no jornal, com frequencia recebo e-mails, telefonemas e até declarações pessoais de gente descendo a lenha na Polícia Militar. É gente dizendo que a polícia não prende bandido; que demoram atender às ocorrências; que são violentos e mal educados, etc.

Não quero e nem me atrevo a advogar a favor de ninguém. Mas acho que a grande maioria das queixas são infundadas e injustas, pelo menos do que diz respeito à Polícia Militar de Uberaba.

Gente, eu passo o dia todo acompanhando esses homens e mulheres em sua interminável guerra contra a bandidagem, contra o tráfico e a violência, todo tipo de violência. E, honestamente, eles ralam. Ralam muito.

Penso que não seja fácil o trabalho dos militares. Hoje em dia bandido não respeita mais nada. Estão cada vez com menos escrúpulos. Antigamente, bandido não entrava em igrejas para assaltar, temendo um castigo divino. Hoje, basta um segundo de bobeira e lá se vão os castiçais de ouro e cálices sagrados. E para quem não respeita nem mesmo Ele, o Todo-poderoso e Onipotente, desrespeitar um policial durante uma abordagem é fichinha.

Aí, num belo dia, o PM pede para que o bandido coloque as mãos para cima. Como resposta, recebe agressões, chutes e ameaças de morte. Ao avançar contra o militar, o bandido acaba alvejado na perna com um tiro. “Que policial covarde” dizem algumas pessoas. Então eu pergunto: covarde não é aquele bandido que acabara de roubar a motocicleta de uma estudante que estava indo trabalhar para conseguir o dinheiro e pagar sua faculdade? Covarde não é o bandido que joga a senhora de 70 anos ao chão para roubar dela a bolsa contendo a sua aposentadoria, que é uma miséria, mas é dela?

Posso até estar errado, mas essa história de direitos humanos deve ser revista. Nosso código penal precisa, urgentemente, ser alterado. Caso contrário, muitos vão entrar na onda e começar a acreditar que o crime compensa. Afinal, no fim o bandido ta virando mocinho e os “homi” tão sendo os vilões. Essa banalização do crime pode chegar ao extremo e, daqui a algum tempo nada mais será crime, logo, não haverá mais criminoso no mundo. Todo mundo será bonzinho e, por isso, a Polícia virará vilã de uma vez por todas.

Claro que ninguém gosta de ser abordado na rua e levar um baculejo. Eu não gosto. Mas faz parte do trabalho da Polícia e isso também demonstra competência por parte deles, prevenir, anteceder a ação criminosa. Ora, é através dos baculejos que se prendem muitos homicidas que estão soltos pelas ruas e têm em seu desfavor mandados de prisão! É algo necessário.

Vivo isso e posso dizer, tem cara que acha que só porque não é traficante, homicida ou assaltante ele tem direito de não ser correto em outros segmentos da vida. Por exemplo: o cidadão para em uma blitz. Lá, descobre-se que o cara não possui carteira de habilitação. Ora, se não tem ta errado. Tem que pagar multa. É lei. E o mesmo serve para o individuo que não usa cinto, que bebe e dirige (esse é o pior. Beber e dirigir é crime). “Ao invés de ir caçar bandido, ficam mexendo com trabalhador”, dizem alguns. Talvez meu argumento esteja errado, mas normalmente os bandidos possuem carros, motos e, por meio das blitze são muitas vezes pegos no pulo. Isso é “caçar” bandido. Lógico que muitas vezes quem cai na blitz não deve nada e, alguns policiais mal preparados, acabam fazendo besteiras. São seres humanos. Erram. Vão continuar errando. Eu erro, você erra, todo mundo erra!

É claro que existem policiais desonestos, corruptos e que bem poderiam ser chamados de bandidos. Mas também existem jornalistas assim; médicos, advogados, professores (é! Professores!) e tantas outras profissões. Aliás, isso não é um mal da profissão ou das instituições, é questão de caráter, e caráter cada um tem ou não tem o seu... E outra: em todos os segmentos, felizmente, existe mais gente honesta do que desonesta. Que bom.

Sei que eu não disse muita coisa nesse texto. Mas, no fundo, o que eu queria dizer é que ao invés das pessoas ficarem reclamando e procurando tantos defeitos, seria tão mais interessante enaltecermos as qualidades. É aquele negócio, se é para espalhar notícias, façamos isso com as notícias boas e que nos fazem evoluir...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Acho que é isso...

Hoje pela manhã, entre um intervalo e outro do nosso tão amado trabalho, discutíamos, eu e alguns colegas, sobre o inusual ato de romantismo por parte de nós, homens, ditos seres do sexo masculino.

Vou ser rápido, pois acredito que tal assunto requer discussão, mas não a ponto de darmos moral às falácias que afirmam que homem não pode ser romântico.

Homem deve ser romântico. Nem que seja com outro homem, nos casos daqueles que preferem ser felizes ao lado de alguém do mesmo sexo. Homem deve ser romântico porque toda mulher merece o romantismo, sem exageros.

Homem precisa ser romântico não só para conquistar uma mulher. Ele precisa ser romântico, principalmente, para não perdê-la.

Romântico, segundo o Aurélio, é aquele sujeito sonhador, devaneador, fantasioso, romanesco.

Ora, é aquele cara que transforma coisas simples, em coisas inesquecíveis.

Ser romântico não é abrir a porta do carro. Isso é educação.

Também não é mandar lindas e perfumadas rosas colombianas. Não. Isso é só agradar.

Tampouco é dizer coisas lindas bem ao pé do ouvido da mulher. Até porque, mentir é muito fácil.

É ter atitude, meu caro leitor. É saber entender o outro. É quase que adivinhar o que a pessoa que você gosta esta precisando para lhe oferecer de bom grado.

É sonhar junto. É ouvir. É se fazer presente.

É entender, tentar pelo menos, que o outro é repleto de defeitos – assim como você – e não fugir, mas lutar para ficar do lado de quem se ama.

Não é tentar mudar a pessoa para melhor. Pois foi por essa pessoa, cheia de erros, que você se apaixonou, lembra?

É sorrir, quando der vontade de fechar a cara. É dar carinho, quando der vontade de xingar. É sussurrar ao ouvido da outra pessoa que ela é muito, muito mesmo, especial e importante em sua vida. É discutir, não brigar. É mostrar, através de atitudes, que ela é o complemento da sua vida.


Romantismo, talvez, seja sinônimo de companheirismo.
Sei lá, acho que é isso.

sábado, 22 de maio de 2010

Mudar

Último dia da semana, mas também pode ser o primeiro dia de uma mudança em nossa vida.
A semana, para mim e para algumas pessoas muito queridas, foi tensa. Passei bons momentos, é verdade. Mas também passei um pouco de frustração, decepção e até, por incrível que pareça, pois sou um cara extremamente calmo, raiva. E olha que não estou me referindo a precoce desclassificação do meu Flamengo, não. Já faz um tempo que redescobri que futebol é diversão, por isso não sofro mais por conta de jogo...
O fato, caríssimo leitor, é que hoje é um belo dia para darmos uma guinada em nossa vida. Melhorar o que não esteja bom. Consertar o que estragamos ou alguém estragou. Viver o que ainda não vivemos... É!
Viver!

Sendo assim, sugiro para todos nós uma letra muito bem lançada pelo Fernando Pessoa. Ciclos! As coisas mudam, as pessoas mudam, tudo muda... É certo que também precisamos mudar!
É sempre bom lembrar o que dizem os mais sábios: Quando você mantém o otimismo, o mundo conspira a seu favor!
Feliz sábado a todos!

Ciclos da vida
"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."


Fernando Pessoa



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Valeu!

Os sábios sabem que futebol não tem nada a ver com merecimento.
Fosse assim, jamais veríamos alguns acontecimentos.
Futebol, isso sim, tem a ver com competência.
E em um campeonato de mata-mata, onde dois jogos decidem quem avança, a competência vale para os dois jogos e não só um.
Falando do “se”. Se o Flamengo tivesse jogado no Maracanã com a raça que jogou hoje, no Chile, estaríamos nós, torcedores do Maior de Todos, comemorando a vaga.
Mas não foi assim. Perdemos a vaga aqui quando não entramos em campo com a raça dos guerreiros rubro-negros!
Se foi justo ou não, não sou o melhor para dizer. Mas, seguindo as regras do jogo, os chilenos, pernas de pau e da torcida que joga madeira e vidro no adversário, fizeram por merecer.
Como sempre, a Torcida Maior do Mundo deu show.
O time, hoje, jogou bem e com raça! Suou sangue e se entregou até o último minuto, apesar de todas intempéries. Não deu. Mas valeu pela disposição mostrada. Flamengo, caro leitor, é raça. É vida. É Flamengo!
Resta a nós, que fechamos com o certo e temos sabedoria de vencedores, aguardar o desenrolar dessa presepada. Aguardar para que se confirme o que todos já sabem. O campeão da Libertadores não será mais um time de “brasileiros”.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lutar, lutar, lutar!

Sou um cara muito crítico. Às vezes até me excedo, eu sei.
Mas não vou mudar de uma hora para outra e, sinceramente, penso que não vou deixar de ser assim. É meu jeito!
Gosto de criticar. Mas mesmo criticando algo que enxergo como errado, torço para que as coisas se encaixem e dê tudo certo. Nunca fui de torcer para que alguém se desse mal.
Sou a favor da alegria.
Sou a favor da justiça.
Acredito e boto fé que se for justo e merecedor, o sujeito vai conseguir o que quer.
Claro, existem circunstâncias. E, mesmo merecendo e querendo muito, existem os casos em que o cume da montanha não é alcançado. Nesse momento talvez seja bom enxergar a beleza dos vales. Apesar de estarem lá embaixo eles podem ter tanto ou mais valor do que o topo da tal montanha...

Mas isso é só o que eu penso e, pra você, pode não ter relevância alguma.

Agora, ao invés de fazer como aqueles que fecharam com o errado, e só ficam torcendo contra o Mengão, vamos falar de quinta-feira, dia 20 de maio de 2010.
Ora, não vou perder meu tempo torcendo contra Bambis, Gambás, Viceínos ou Chorolados, não! Eles é que se lasquem! Como eu disse, sou a favor da justiça. Se for para se darem bem... é a vida. Mas, diferentemente dessas mixarias de torcedores, sou de torcer pelo meu time e não contra o time alheio... Essa atitude estranha me lembra gente mal amada!

Logicamente, eu quero a vitória na quinta-feira! Caso ela não venha, quero raça, quero vontade e quero tudo isso em doses cavalares! Só sou de aceitar derrotas depois que vejo que o time lutou, suou sangue e se entregou totalmente! Aliás, isso é ser Flamengo!
É hora de os guerreiros rubro-negros fazerem valer a mística do Manto Sagrado!
Chega de conversinha e palavrinhas bonitinhas e escolhidas a dedo!
Chega!
É hora de jogar feio se for preciso. Mas é hora de lutar! É hora de desistir de pensar em desistir. É hora de enfrentar o problema de cara. Nosso problema hoje é chileno! E se depender do Mengão vem outro terremoto por aquelas bandas.
É mais ou menos como eu já escrevi por aqui, neste mesmo blog... é a tal história da Fênix!

Vencer, vencer, vencer!

sábado, 15 de maio de 2010

Foi o Whisky!

E mesmo que um gato preto cruze à sua frente; mesmo que você passe embaixo de uma escada ou quebre um espelho... Isso não irá trazer azar à sua vida, não.
Que bobagem.
Se formos olhar bem e afundo, não existe azar. Existe gente com muita sorte e gente menos sortuda. É melhor pensar assim, até porque pode dar azar ficar pensando em azar e azarados...

Dizem os sábios que atraímos para a nossa vida tudo aquilo em que pensamos constantemente.
Pense em coisas boas, ora essa!

Mesmo que você não goste do frio ou da chuva, do calor ou da neve, cada um desses fenômenos tem uma razão para existir.
Que graça teria o dia se não houvesse a certeza de que a noite viria?
Só dá pra perceber que a noite foi boa depois que amanhece.
Tudo tem seu valor. O dia, a noite, a chuva, o sol, o frio...
Não gosto de frio.

Tem gente que gosta de ficar guardando cartas de amor, papéis de bala e chocolate, flores entre as páginas de um livro. Tem gente que gosta de guardar coisas.
Pode até ser bom.
Mas pode chegar um dia em que você vai estar mexendo nas suas bugigangas e vai encontrar aquele papelzinho de bala que lhe trouxe tantas alegrias quando a ganhou. Neste dia, porém, o papel, o cheiro da bala, a lembrança, podem lhe fazer mal.
Papel é reciclável. A flor pode virar adubo. As cartas de amor só serviram para aquele tempo... Recomeçar é preciso.

Se as pessoas só conhecem a sua verdadeira personalidade quando você se embriaga, se droga ou pira, assim, do nada; é hora de rever alguns conceitos. O primeiro deles é que, talvez, sua vida tem sido uma constante encenação.
Eu gosto de ir ao teatro...!

Mudar a rotina é essencial para que você se renove.
Troque a carona pra casa por uma caminhada ou um ônibus lotado. Pode ser que ali naquela muvuca do buzão encontre algo ou alguém interessante.
Voltar de ônibus pra casa pode ser bom. Experiência própria.
Reencontros.

Não deixe de acreditar em você; nos outros; na vida.
Não deixe de acreditar.

Pare de ter vergonha de assumir seus gostos, seu jeito, suas escolhas.
Assuma quem você é. Se não vai prejudicar ninguém, ninguém tem nada com isso!
Não é porque muita gente não gosta, que você não possa gostar de música sertaneja; rock; ópera; funk; pagode; samba; novelas; comédias românticas ou não; jogos de RPG; bruxarias; horóscopos; Big Brother; golf; marcha atlética; filmes antigos; discos de vinil; coisas não tão populares, enfim...
Conheço um marmanjo que adora colecionar tampinhas de refrigerantes... E eu com isso? O cara ta feliz e cheio de história pra contar... Cada tampinha tem uma história singular.

Tudo em nossa vida, em nosso universo particular, deve ter uma história com ou sem final feliz... Se algo passou pela sua vida e não existe uma história pra contar, é o mesmo que não ter passado... Não se viveu intensamente o momento!
Não sei das coisas. Mas quando alguém permanece por algum tempo em nossa vida e passa despercebido... Né? Ou não...

Será que alguém sabe amar como Leo e Bia? Será?

Família, amigos, verdade... Essenciais!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quem avisou amigo foi - II

Ativo e dominante, positivo e operante.
Assim somos nós, nobres torcedores do Rubro-Negro, após mais uma maiúscula demonstração de superação, raça e grandeza.
Sim, somos o Flamengo.
Na humildade e no famoso “sapatinho” ficamos caladinhos esperando enquanto os torcedores do lado de lá proclamavam a sua “real” e “inevitável” classificação. Afinal, era a melhor campanha da primeira fase da Libertadores contra o time que só se classificou na última rodada, no último suspiro, na sorte, talvez! Quem diria?
Com tamanha elegância, que nos é peculiar, aguardamos e observamos, serenos, enquanto a soberba dominava o time e torcida do preto e branco.
Deixamos de lado nosso justo e natural direito de arrogância – afinal somos flamenguistas – e não debochamos de nenhum torcedor do Vice-da-Gama ou de qualquer outra agremiação que nos dissesse que a desclassificação do Mengão Fodão Máster já era certa!
Somos assim. Somos todos menos alguns. Somos, acima de tudo, respeitadores da moral e dos bons costumes. Não vencemos as partidas e conquistamos nossas façanhas apenas falando. Não. Somos guerreiros. E nosso império é de amor! Amor é vitória! Dentro de campo, doutrinamos, dominamos e esculachamos!

Enquanto o Curinthians abria 2 a 0 no placar, muitos estranhavam nossa incrível calma. Visceínos tentavam, só tentavam, nos atormentar e nos desconcentrar com suas chacotas. Pobres, tolos, néscios... Ao invés de perderem seu tempo torcendo pelo time deles, passam a maior parte da vida secando o nosso Mengão! Que pobreza de espírito!
Inabaláveis que somos e confiantes na sabedoria dos nossos guerreiros, sabíamos que o final da história seria de alegria para aqueles que fecham com o lado certo: nós!

Não vou me alongar. Fomos heróis!
Até porque o feito de ontem é pequeno diante do que já fizemos e ainda temos muito a fazer antes de reconquistar a América e o Mundo!

PS.: Ah, a ia me esquecendo. Muitos estão sugerindo o que vão fazer os gambás com aqueles 40 mil apitos utilizados na partida de ontem... Guardem... Apêndice caudal.
Para o alto e avante!

Cuidado! O Mengão vai te pegar!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Aquele sentido...

Eu e meus devaneios...
Enquanto esperava até que meu X-bacon de cada dia ficasse pronto, fiquei viajando na maionese e, sem querer, cheguei à conclusão de que às vezes a gente espera por algo/alguém sem se dar conta de que está esperando.
Hã?
Tipo: você não sabe, mas está esperando pela chegada daquela pessoa. Pode ser a chegada, a primeira vez. Mas pode ser um retorno.
Mesmo não sabendo explicar isso, sei que acontece. Algo me diz que acontece. É real.
Às vezes, mesmo sem saber, você está esperando aquela pessoa retornar à sua vida.
Aquela pessoa que você não vê há anos e, sem hipocrisias, que você nem se lembrava mais... Ainda assim, não é esquecimento.
Mas, de repente, ela aparece! Reaparece!
Isso é tão bom!

Essa é a hora em que o olfato entra em cena.
Já ouvi dizer que de todos os sentidos, o olfato é o que está mais intimamente ligado às regiões do cérebro envolvidas com memórias e emoções, boas ou não.
E aí, naquele abraço do reencontro o olfato te faz sentir aquele cheiro. Com o cheiro, o perfume, emergem lembranças de um tempo bom que, talvez, você já havia se esquecido – ou pelo menos achava isso.
O olfato, como eu li em um livro, é o melhor elo com o passado. É o sentido mais forte para redescobrir histórias antigas.
E mesmo que não tenha havido histórias, pode acreditar, é a partir do olfato que elas começarão a ser escritas. Para que você sinta de novo esse perfume tão bom e envolvente, a história não pode simplesmente acabar no reencontro. Ela tem e deve continuar...

É por causa daquele perfume, daquela lembrança da noite anterior que você fica imaginando como seriam as coisas.
Certas situações fogem ao nosso controle e, sendo assim, algumas das nossas percepções mais íntimas, inevitavelmente vêm à tona.

Fica se deliciando sozinho e parecendo um tolo com o beijo que ainda não veio e talvez nem virá. Mesmo assim, como se tivesse sido enfeitiçado com aquele cheiro, sonha.
Fica pensando como seria poder sentir aquele perfume impregnado em sua pele, fato causado pela proximidade inevitável e pela necessidade de manter dois corpos o mais juntos possível.
É o olfato que te faz dormir tranquilo ao sentir a suavidade daquele perfume que ficou em sua camisa após o abraço de despedida.
É! Hoje, depois daquele abraço, nada de pijamas... É dia de dormir com aquela camisa. Acordar e sorrir ao sentir de novo aquele cheiro particular. Assim, dessa forma, você conseguirá reviver momentos e sensações em seu universo particular.
Mas é também o perfume – aquele perfume – que vai lhe tirar o sono.
Você não vai dormir.
Vai sentir saudade, vontade, tesão, arrepios e até mesmo confusão. Mas sono, não.
(...)
Que cheiro bom...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Quem avisou amigo foi...

Mesmo fechando com o lado certo, nós, Flamenguistas, esclarecidos que somos, sabíamos que o jogo contra os gambás seria tenso. E foi!
Jogamos mais de uma hora com um jogador a menos e, ainda assim, nosso time parecia ter 300 guerreiros em campo contra os onze pobres representantes do Timinho! Fomos heróis!

No entanto, venceu o melhor. O Mengão Justiceiro das Galáxias mostrou o seu valor e, de quebra, apresentou aos “donos da melhor campanha da primeira fase” o que é uma derrota, uma vez que, antes da partida, eles gritavam para os quatro cantos do mundo que ESTAVAM invictos. Passou.
Como eu disse neste mesmo humilde espaço, a campanha da primeira fase não vale nada agora. A chapa esquentou!
O Imperador jogou muito melhor do que o Ronaldo e isso é fato. Matar a bola com a canela, como fez nosso querido Fenômeno é matar o próprio futebol. Vai namorar, vai.
Torcedores do Corinthians agradeçam ao goleiro de vocês! A tragédia poderia ter sido pior!
Nossa torcida mostrou que é phoda! Neutralizamos o timeco e agora adquirimos uma bela vantagem.
No entanto, somos o Flamengo e jamais jogamos com o regulamento embaixo do braço. Vamos ao Pacaembu, na próxima quarta-feira, para vencer. Essa é nossa sina. A vitória esta presente em nosso código genético e pensar em outro resultado seria pura estultice!

Apesar da nossa inquestionável superioridade, vamos manter a humildade.
Ainda não ganhamos nada...


Foi uma noite feliz e ao mesmo tempo cheia de motivos para darmos boas gargalhadas.

Primeiro o Vice da Gama conseguiu perder para os baianos! O que dizer sobre o triunfo do Vitória da Bahia! Mainha!

Depois (uma das cenas mais cômicas da noite) o descontrole.
Richarlyson, representante maior dos Bambinos tricolores pirou e tentou agredir o árbitro após ser expulso de forma mais do que correta! Ah, para! Sem piadinhas: do que ele estava reclamando? O cara entra no adversário para, no mínimo, quebrar as pernas do outro jogador, e não quer ser expulso?
Faz bem o Ricardo Gomes ao afirmar que vai conversar com o menino...

Já o Galo, outro time da massa, do povo, conseguiu, talvez, a maior façanha da noite. Parou os Meninos da Vila. (Até porque vencer o Corinthians; o Vice da Gama perder e o Richarlyson se descontrolar não é novidade pra mais ninguém... ). Parabéns ao Atlético, representante de honra das Minas Gerais!

Vamos esperar as Marias jogarem hoje à noite. Se fizerem por onde também terão nosso reconhecimento...

No entanto, o momento é de comemorar e deixar um aviso à gambazada mal vestida, aos viceínos e aos multicoloridos são-paulinos... o pior está por vir!

Mengão do Meu Coração!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vai começar a festa!

Por mais que muitos acreditem que seja efeito retardado do uso displicente das folhas secas da Cannabis Sativa, não estou viajando. Hoje, dia 28 de abril de 2010, é dia de esfolarmos gambás!

Que me desculpem a Sociedade Protetora dos Animais. Mas é briga de Urubu e Gambás e ninguém pode interferir!

Por mais que os fiéis tenham prometido uma invasão ao Maior do Mundo, hoje a noite, não acredito que esse bando de torcedores que se dizem loucos, sejam tão loucos assim!

Não sei o que falar a respeito desse jogão de logo mais!
É fato! To tenso bagarai!

Apesar da minha confiança no Mengão Fuderosão Exterminador Master dos Sonhos Enlouquecidos do Lumpesinato, não acredito que será fácil e não vejo nada de anormal de o curinthians sair do Maracanã com um bom resultado.

Mas, no entanto, todavia, contudo: eu vou torcer! E quando um flamenguista decide torcer, apoiar... sai da frente mulambada mal vestida!
Bom jogo a todos! Paz!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Compartilhando...

“... pra quem tem pensamento forte
o impossível é só questão de opinião!”


* Trecho da música "Só os loucos sabem" do Charlie Brown Jr.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Apavorando... *

Enquanto os Bambis permanecem em sua recorrente histeria pela alegria de ter ganhado algumas bolinhas, nós, que fechamos com o lado certo, estamos concentrados na forma em que iremos agir no ritual de esfola de gambás, a ser praticado na próxima quarta-feira. Até porque, todo mundo sabe disso, inclusive a meia dúzia de torcedores do São Paulo, o Flamengo é Hexa e isso ocorre porque conquistamos o título jogando bola, vencendo adversários, inclusive eles, em 1987... não se discute. É fato.
Mas, para nossa segurança, não vamos provocá-los.

Até porque os integrantes da Jihad Rubro-Negra sabem que o dia 28 de abril será o primeiro dia mais importante de 2010, mais ou menos como foi o dia 6 de dezembro de 2009.
Acima de tudo o que vem acontecendo está o Flamengo Indômito e Justiceiro!
Raivinha, opinião sem nexo, descontentamento devem ser esquecidos, por hora. É hora de sermos Rubro-Negros acima de tudo. É um dever cívico da Nação. Sim!

Até o mais desinformado dos cornos, sempre os últimos a saber, sabia que se deixassem o Mengão chegar o bicho iria pegar!

Admito que nos classificamos na sorte. Mas os grandes campeões sempre contam com a sorte e é bom pensar nisso.
Acharam mesmo que estávamos mortos?
Pensaram que nos entregaríamos assim, tão facilmente?
Não! Jamais! Somos o Flamengo! A potência maior do futebol mundial. A mais perfeita anatomia do futebol. O perrengue também faz parte da nossa gloriosa história vitoriosa.
Sabemos que Gambás, Marias, Chorolados e Bambis torceram muito para que o Fuderosão não avançasse na Libertadores! Mas agora é tarde! Estamos aí e essas pequenas agremiações sabem que existe uma nova ameaça na área. O clima na Gávea não esta dos melhores, é verdade. Mas o clima de medo na Fazendinha, toca do Gambá, no estádio Sem Drenagem e no Mineirão onde quem manda é o Galo, é tenso e o medo impera.
Sim... é medo! Por ora, os pequeninos adversários se livraram das garras mortais e bicadas enfurecidas do Urubu Rei! Se conseguirem avançar diante da baba de time que vão pegar nas oitavas, depois a gente conversa sobre isso... Filme de terror agora, só para o Corinthians.
Acordem tolinhos, os pontos que vocês acumularam na primeira fase da Libertadores, enquanto estávamos em fase de treinamento, agora não têm valor algum!

O momento, porém, é de esculachar com a Gambazada Mal Vestida! A sentença de morte deles já foi preparada. Tudo com base na verdadeira e inquestionável tradição de que o Timinho jamais conquistará a Libertadores da América.
Desculpem-me a esculhambação e meu jeito super sincero de ser. Eu sei que a verdade, às vezes, dói. E a verdade é que é patético, ridículo e motivo de piada o fato de vocês, Gambazada, se autoproclamarem campeões mundiais. Para conquistar o mundo é preciso antes conquistar, pelo menos, o seu continente. E isso, todos nós sabemos, vocês nunca conseguiram! E, convenhamos, não será dessa vez! Não tenho culpa se vocês tiveram o azar maior de topar com o Mengão logo nas oitavas! Lembrem-se corintianos, ter sido o melhor time da primeira fase não vale nada agora! Agora o bicho vai pegar!

Estamos sem técnico (mandaram nosso Mestre Jedi pro olho da rua); sem diretoria; o Imperador, nosso principal jogador, ta pesando uma tonelada; o Vagner Love, corre, se esforça, mas não é craque; só nos classificamos devido a uma combinação de resultados e, ainda assim, o bicho vai pegar!!!

Mengão é chapa quente, meu irmão! Para os mais esquecidos, somos o Flamengo, o doutrinador geral do país do futebol... o resto são apenas nossos súditos no Reino Rubro-Negro!

Agora é mais ou menos como aquelas histórias da Fênix! Do Freddy Krueger!

Quando todos achavam que estávamos mortos; quando nossos sinais vitais já eram imperceptíveis; quando tudo parecia perdido... ressurgimos e voltamos ainda mais fortes. Isso já aconteceu várias vezes, inclusive no ano passado, cujo final da história todo mundo já conhece! Sem dó. Com raça. Eis o Flamengo!

(*) Como eu já disse em outras oportunidades, esses textos de zoação são apenas uma forma saudável de brincar com os torcedores adversários. Não levem para o lado pessoal, galera! Mas cuidado, o Mengão tá pilhadão!

Aprecie com Moderação

- Torcedores do Vasco após rebaixamento em 2008

Crônica publicada na edição do dia 23 de abril do Jornal da Manhã – Uberaba/MG.
Recebi muitas críticas sobre tal texto, tanto positivas, quanto negativas.
Dá uma conferida aí, então. Se quiser, comente!
Boa semana a todos!



(...)
Madrugada de quinta-feira. Ele estava com sono, mas não conseguia dormir.
Dor de cabeça.
Inapetência.
Não conseguia tirar da cabeça aqueles momentos terríveis vividos alguns minutos antes.
Uma briga horrível e recheada de muito sofrimento, palavrões, tapas e murros no braço do sofá. Um copo, inclusive, foi ao chão em momento de maior exaltação.
Tentava, mas só tentava, tomar aquela caneca de leite com mel, remédio caseiro contra a tosse. Mas ele estava engasgado! Não conseguia engolir nada. Se nada entrava pela sua boca, nada saia também.

Apenas silêncio. Decepção. Frustração e resquícios daquele jogo em que seu time do coração acabara de perder para o maior rival.
Haja coração!
Quase podia ouvir as vozes dos torcedores adversários martelando em seu ouvido. Não era nem uma hora da manhã e ele já se via no trabalho, na hora do café, sendo zoado por todos os colegas.


- Que vergonha! Que time ruim! – diziam alguns.
- Eu sabia que seu time iria perder! Eu sabia! – apimentavam outros.

Porém, a noite que ele tinha certeza que iria passar em claro estava apenas começando. Tudo por conta dessa paixão pelo seu time do coração. Tudo por causa desse seu amor maluco pelo futebol!
É. Essa é a vida de muitos torcedores. E, acreditem, há casos bem piores do que simples noites depressivas e de insônia.

É paixão! E não me peçam, porque eu não saberia explicar tal paixão. Não entendo nem mesmo a paixão das pessoas umas pelas outras, quem dirá a paixão por um clube.
Mas talvez, só talvez, haja uma explicação. Ora, é no futebol que muitas pessoas encontram um motivo de riso fácil. Talvez um dos poucos motivos para sorrir em um mundo de tanto sofrimento, guerras, doenças, mentiras e maldades.

E, convenhamos, o sofrimento por uma derrota do seu time do coração não pode jamais ser maior do que a tristeza provocada pelo desemprego, pela miséria, fome e pela face da morte trazida pela guerra.
Porém, amigo leitor, nada de fanatismo. Tudo o que é bom e saudável pode ficar ruim e se tornar maléfico ser for vivido de forma fanática e exagerada. Vamos com calma! É só um jogo, um esporte. Hoje se ganha, amanhã se perde e no final, bom mesmo é torcer, aproveitar o momento com os amigos e pular de alegria...
Nada de brigar com o amigo, com o vizinho, com a(o) namorada(o) ou com um desconhecido que conheceu na hora do jogo! Nada disso!
Quando a coisa começa a lhe fazer mal, deixe-a de lado. Isso vale para todos os vícios, inclusive para o de torcer!