Palavras soltas...

(...) "Tenho aprendido muitas coisas nos últimos tempos. Uma delas é que jamais podemos deixar para amanhã um gesto de carinho, um sorriso verdadeiro, uma declaração de amor."

Confira a crônica completa clicando aqui.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Quando se aprende a amar...

Como é que se diz: “eu te amo?”.É fácil.
Falar é muito fácil.
Mentir é muito fácil.
Estou aqui, me lembrando da música “Vamos fazer um filme” da Legião Urbana. A Legião do poeta Renato Russo, que no sábado, dia 27, completaria 50 anos de vida.
Na música, ele se fazia essa pergunta. Dá uma conferida, é legal.

Mas vamos ao assunto.
Dizer “eu te amo” é algo muito interessante.
É bonito.
Já cometi a leviandade de dizer “eu te amo” sem amar.
Menti.
Menti, inclusive, para mim mesmo.
Já disse “eu te amo” por tantos motivos, inclusive por não amar.
Eu já disse “eu te amo” para conquistar uma garota! Já disse “eu te amo” para me desculpar. E já disse por dizer, simplesmente porque sabia que quem ouviu gostaria de escutar... Errei.

Há alguns dias atrás, uma pessoa muito especial, me afirmou que ainda não aprendeu a dizer “eu te amo”.
Dizer “eu te amo” é muito mais do que proclamar uma simples frase.
Em primeiro lugar, deve ser feito com honestidade.
Sempre olhando nos olhos. Nos olhos da alma. E, olhando lá dentro, enxergando a pessoa com ela é, com todos os seus defeitos, qualidades e particularidades, proclamar o mais sublime dos sentimentos: o amor.

Não acredito, porém, que quem ainda não aprendeu a dizer, não ame.
Eu, por exemplo, nunca disse “eu te amo” para o meu pai. Mas eu o amo! Ainda há tempo, porém.

O barato disso tudo é aprender.
Todo mundo gosta de escutar um “eu te amo”.
Mas sem hipocrisias, por favor!
Se não ama, não precisa falar. É tipo comida, saca? Se não gosta de macarrão, não precisa comer. Mas se colocar no prato, faça o favor de não desperdiçar...
Então, se disser “eu te amo” para alguém, assuma o que está por vir após a declaração. Quem ouvir está no direito de acreditar, de não gostar, de adorar o que ouviu, de se assustar, de fugir..., de retribuir, de tentar retribuir.
Ou seja, não é uma simples frase! É mais.

Muitos dizem que mais do que aprender a dizer “eu te amo”, nós precisamos aprender a amar.
Amar não se aprende, meus caríssimos!
Ou se ama ou não se ama.
Amar é como respirar. Acontece naturalmente. Essa história de amor à primeira vista é um pouco exagerada, pra mim. Pois, a gente ama o que conhece. A gente ama aquilo que admira, aquilo que nos faz bem, aquilo que nos completa, aquilo que te cura a ferida, que te faz sorrir, que te faz amar. Logo, não há como amar o que nunca se viu, o que nunca se sentiu, o que nunca existiu em sua vida...

Amor, então, vem com a convivência.

Com o tempo e essa tal convivência você passa a amar. Com o tempo, talvez, você comece a amar aquela pessoa pela qual você tinha certeza de que jamais iria se apaixonar e se pega amando. Isso acontece porque, com o tempo, talvez, se perceba que esta pessoa te faça bem e que, no final das contas, te ame!
É melhor e mais natural amar o que nos faz bem. Amar o que nos faz mal é falta de amor próprio. Mas acontece.

Normalmente, se a pessoa com a qual você está te faz infeliz é porque não se está conseguindo, de fato, amar. Nem a pessoa e, talvez, nem você.
Se por um lado não acredito em amor à primeira vista, creio que a gente aprende, isso sim, a demonstrar esse amor. Como? Com gestos, na maioria das vezes, simples.
Como também cantou Renato Russo, “quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu”. Assim, se você ama mesmo, dificilmente fará a pessoa amada sofrer. Se seus defeitos superam seu grandioso amor está na hora de rever seus conceitos. E – é bom observar isso – se a pessoa que diz te amar, e que você acredita que o sentimento seja recíproco, te faz sofrer com frequencia, te decepciona sempre com os mesmos erros tolos – nunca aprende – está mais do que na hora de ambos reverem seus conceitos. Errar com quem a gente ama é supernomal e nos faz crescer, aprender. Mas ficar repetindo os mesmos erros com aqueles que dizemos amar é ausência de amor verdadeiro. Ora, se sabe que a pessoa vai sofrer com isso é gesto de amor mudar para não fazê-la triste.
O amor nos faz melhorar. Melhoramos por nós e por aqueles que amamos.

Amar é ser melhor para o ser amado. É querer, verdadeiramente, ser melhor.

Aí, num belo dia, após uma noite inesquecível, onde os seus corpos foram um só, entregues aos prazeres da carne, da alma e dos sentimentos, suados de tanto se amarem, você e essa pessoa acordam e a primeira frase dita é simples, mas, ao mesmo tempo, intensa, avassaladora, fantástica, capaz de tornar a manhã cinzenta e sem graça no mais belo dia do ano, da sua vida... A frase é um simples “Bom dia. Eu te amo”.

Com o tempo a gente aprende que dizer “eu te amo” é muito fácil. É só falar. Difícil é saber até que ponto estamos sendo verdadeiros com o outro e com a gente mesmo.
Com fogo, mar e amor não se brinca.
É isso.

Dança


O povo de hoje é meio bobo.
Os meninos são tolos.
Na festa, com a música, só dançam de longe, de costas, de lado! Mas não dançam juntos.
Aquela dança boa, quando o casal dança agarradinho quase não se vê mais. Juntos do dedão do pé ao último fio de cabelo. Tão juntos que ali, entre o casal, não passa nem pensamento! Aquela dança, quase não existe mais...
Mesmo sem ser um dançarino e viver pisando nos pés da parceira, dancei assim há uns dias atrás. Dancei com uma garota linda! Dançamos por muito tempo, sozinhos, na varanda, longe de todos e de tudo. Dançamos até quando a chuva resolveu fazer parte da festa. Dançamos, depois, embaixo da chuva. O ritmo da música ditava o ritmo dos pingos... os corpos molhados, quentes, porém, se aproximavam ainda mais. E que perfume era aquele?
Dançar assim de pertinho é muito bom! Principalmente quando a música está alta! Quando mais alto o volume, melhor. Assim, ao invés de gritar na cabeça do outro, como acontece nessas tais raves, a gente sussurra. Cada palavra provoca uma sensação, um arrepio, um sorriso e até encabula...
É muito bom.
Quando a música acaba e pede que os corpos se afastem é hora de partir. Eis o momento de continuar a festa em outro lugar, porém, mais de perto, com sussurros, arrepios e novas sensações. As notas, acordes, arranjos são trocados por outros sons, outros prazeres, outros sussurros... sorrisos.
E assim, a dança termina com dois corpos entregues ao prazer. Quando se vê, perdeu-se a noção do tempo. De longe é possível ver a dança dos astros e estrelas. A lua dando lugar ao sol, que, dançando lentamente, chega para aquecer e iluminar mais um domingo do outono.
É isso.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Devaneios sobre a insônia


Há dias em que quando o despertador toca, a pessoa simplesmente não acorda.
Algumas vezes porque o sono está pesado demais.
Outras tantas, pelo fato de que quem não dormiu não precisa acordar.
E a vida continua.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Nada de anormal



Bom dia irmãos e irmãs Rubro-Negros!
Saudações a todos!
Ontem, mais uma vez, Adriano e Vagner Love demonstraram o que deve ser feito por eles. Gols. É só isso o que queremos deles.
Nosso interesse em relação aos dois atacantes é estritamente ligado ao que ocorre dentro de campo. Se a mídia ainda insiste em divulgar os passeios dos atletas às suas favelas, isso é problema dela – da mídia.
Certamente não acho correto um cara público ficar andando escoltado por traficantes em bailes na Rocinha. Mas a vida é dele. Não acho que meu filho, por ser flamenguista, irá se influenciar por isso. Na verdade, ele gosta da dupla pelos gols que eles fazem e não pelas suas atitudes fora de campo.
Mas! Não foi para isso que me propus a escrever esse pequeno post!

Vim aqui só para zoar mesmo!

Ontem, o Mengon Fuderoson de Las Américas destruiu mais um adversário. O Tigre virou um pobre gatinho, desses que gatos vira latas que apanham na rua em busca de comida nas latas de lixo.
Apanhou porque quis! Seria mais fácil se não entrassem em campo.
Pouca gente percebeu, mas o Carioqueta está sendo encarado como um treino pelo Doutrinador Maior do Futebol Nacional.
Agora, melhor do que vencer é ver aqueles adversáriozinhos chatos, que se acham, tomando!
Foi assim, ontem.
O Vice da Gama perdeu mais uma. Dessa vez para o Americano. Perdeu a partida, perdeu o técnico e essa torcidinha já ta perdendo a vergonha na cara. Hahaha! Oitocentos pagantes! É muita gente pra ver uma pelada daquelas.
Já o Timinho, do Ronaldo, perdeu também! Pior do que a derrota foi o gesto obsceno do Ronaldo para a sua Fiel torcida. Isso sim é derrota. Aprende a perder, rapaz... Afinal esse é seu destino!
A Arcoirizada da camisa feia também perdeu. Os Bambinos do Morumbi não aguentaram a pressão do grandioso Bragantino e foram derrotados. Ah, fala sério! É com essas equipezinhas que esses caras estão querendo tirar o título da Libertadores do Todo-Poderoso???
Então, Visceínos, corintianus e bambinos... até a próxima rodada, não discutam futebol comigo!
Irmãos do rubronegrismo racional: Às favas com a humildade!
Fui!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Devaneios...



(...)
Até parecia esse tal Déjà vu. Mas, não era.
Apesar disso, ele estava naquele mesmo teatro. Escolheu exatamente a última cadeira do lado direito, localizada na última fila. Lá em cima.
Era tudo exatamente igual como a última vez em que ele estivera ali.
Apenas as companhias eram diferentes.

Como o tempo passa. – Pensou consigo.
Lembrou-se daquele dia. Uma palestra horrível sobre lideranças. Papo chato mesmo. Só foi porque valia ponto para a faculdade. Além disso, ela estaria lá.
Do seu lado esquerdo, ninguém. Apenas o corredor.
Já a sua direita, ela. Linda. A sua paixão platônica. O seu amor impossível. O seu sonho. Só sonho.
Mesmo no escuro, ele a admirava. Escutava cada palavra dita por ela. Percorria, sem que ela percebesse, cada contorno do seu rosto. Admirava aquela beleza particular. Assim, em seu universo particular, ele sonhava.
Brincavam como dois adolescentes. Apesar de amigos, ela sabia o que ele sentia. Ele, por sua vez, sentia.
E assim, do nada, de repente, o moço decidiu.
Quis tocar aqueles lábios com os seus. Quis experimentar, ainda que por uma fração de segundos, o gosto daquela boca.
E, como adolescente, roubou dela um selinho.
Um selinho!
Tudo bem... Mas, só lembrando a todos: são os selinhos nas cartas que fazem as correspondências chegarem aos seus destinos.
Assim, o selinho roubado pode, quem sabe, ter feito alguma coisa chegar ao coração da moça, da mulher, da menina-mulher que ele tanto adorava.
Assustada, ela ficou imóvel. Sem graça. Mas parece ter gostado. Isso, nunca se vai saber.
Quanto a ele, apesar de ter sido tão pouco – um selinho apenas – sentiu-se como se tivesse ganhado o dia ou um presente de muito valor. Não ganhou. Na verdade, roubou.

(...)

Mas agora, o show iria começar.
Ficou ali, olhando os atores no palco e relembrando aquelas cenas ainda tão vívidas em seus pensamentos.
Sonhando.
Pensando na música.

terça-feira, 23 de março de 2010

Filtrando pensamentos *


O tempo passa.
Não tem jeito.
Quando você vê, percebe, se dá conta de que a vida continuou.
O mundo não pára. O tempo não pára. Quando isso acontecer, não existirá mais mundo, mais vida, mais nada.
É alegria que se vai.
É tristeza que se foi.
Às vezes, tolos que somos, achamos que a alegria provocada por algum acontecimento nunca vai passar. Passa.
Outras tantas acreditamos que o sofrimento causado por alguma perda em qualquer segmento da vida será eterno. Não é.
Tudo passa.
A adrenalina provocada por uma descida na montanha russa é incrível. Mas só dura aquele instante.
Do mesmo jeito, a decepção que nos atinge no momento em que alguém nos machuca, dói muito, mas uma hora passa.
Pode demorar para que você esqueça uma decepção. Pode ser que nunca esqueça, é verdade. Mas, percebi que daqui a um mês a dor será menor. Por isso, passou. São dores diferentes.
Assim também acontece com a alegria. Fica-se feliz hoje ao ser agraciado por um gesto de carinho. Mas, daqui a uma semana, lembrar-se-á deste momento, com carinho é verdade, mas com outro olhar, outra visão e, talvez, outro sentimento... Talvez maior, talvez não.
Assim, recordando-me do que aconteceu há exatamente um mês, vejo que algumas coisas, sentimentos, sensações, permanecem. Permanecem, porém, em maior ou menor intensidade. Por isso, diferentes. Mistura de saudade com tristeza. De carinho com mágoa. De esperança e desesperança. Mas em todas as misturas ainda há sentimento.
Na verdade, tão cedo assim e ainda com sono e ressaca, só tenho certeza de uma coisa: o tempo trás e leva lembranças.
(...)
E, percebi, que podemos filtrar o que queremos nos lembrar – ainda que em certos momentos do dia uma lembrança (boa ou ruim ) tome conta do nosso ser, mesmo sem querer ou quase sem querer – por isso, se podemos mesmo filtrar lembranças, vou tentar lembrar de coisas boas.
É isso.

(*) Dedicado à moça "arengueira" lá de Catolé do Rocha/PB. Valeu pela força!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Até a próxima vez...


E de repente, assim, do nada, uma pessoa querida parte... desaparece... morre.
Mas não acaba!

As pessoas só deixam de existir quando nelas deixamos de pensar...!!!

Ontem perdi um grande amigo. Aliás, um irmão. Uma daquelas pessoas que você tem certeza de que sempre vai fazer parte da sua vida ainda que ele já não esteja viva, entre nós.
(...)
Quando crianças, roubávamos goiabas no vizinho; soltávamos pipa no campinho atrás da minha casa; brincávamos de bete no meio da rua (era muito bom jogar bete no meio da rua); estudávamos juntos; éramos juntos; éramos amigos.

Crescemos e tudo mudou, menos nossa amizade.
A amizade é imortal.
Juntos, curtimos nossas primeiras farras, tomamos nossos primeiros porres; aprendemos a torcer por algum time de futebol – eu para o Flamengo e ele para o Palmeiras – e ainda assim torcíamos um pelo outro. A alegria dele era minha alegria e vice-versa.
Se bem me lembro, ele estava na pracinha no dia em que eu dei meu primeiro beijo na boca. Era uma garota linda – pra mim – e ele estava lá, me dando força para que eu superasse minha timidez. “Vai lá! Vai fundo! Aproveita!” Ele me dava coragem.
Eu estava lá, ao lado dele, no dia em que sua mãe partiu ao perder a guerra contra um câncer. Eu não sabia o que falar, não sabia o que dizer para confortá-lo... mas eu estava lá.
(...)
Ai, de repente, assim, do nada, recebo a notícia de sua morte. Aos 26 anos ele morre! Sadio, cheio de planos, trabalhador e sonhador. Tudo acabou. Tudo vira nada.
Uma tragédia. Um acidente na rodovia.
As pessoas ficam querendo encontrar explicações, culpados. Mas do que adiantará se descobrirmos o culpado, o motivo? Ele se foi. Não volta mais. Seu corpo, que é só carcaça, acabou. Mas ele, a lembrança dele, é imortal. Vai viver sempre dentro de mim e de todos os que o amavam.

Amizade é amor.

Preferi não vê-lo dentro do caixão. Já não concordo com a ideia de velórios e, neste caso, fui mais contra ainda. Não é aquela imagem, aquele corpo todo machucado, com marcas da tragédia, triste, que eu quero ter na minha lembrança.
Quero, isto sim, lembrar de todas as nossas tardes juntos. Nossa amizade. Lembrar do tempo em que nossa única preocupação era arrumar alguma brincadeira. Lembrar do tempo em que mexíamos com o doidinho catador de papel que passava na rua só para vê-lo correndo atrás da gente com um pedaço de pau na mão. Lembrar do dia em que ele me ligou para que eu fosse o primeiro a saber que ele havia conseguido passar no vestibular. Lembranças.
Lembrar da última vez em que nos vimos, na semana passada, quando eu estava meio triste e ele estava ali, prestando atenção em cada palavra minha, me ouvindo, me ajudando mesmo sem saber como. Sendo meu amigo. Estando ao meu lado. Lembrar da última frase que ele me disse... “Fica bem, irmão”.
Lembrar dos sorrisos, da alegria, da vida. Lembrar até mesmo das nossas brigas, pois amigos brigam, também...
Esquecer a morte. Esquecer a partida. Esquecer a dor.
Promover a alegria. E assim ter a certeza de que aproveitamos cada momento juntos. Vivemos ao extremo essa tal amizade!

Não sei se é real a história do paraíso, do céu, dos anjos... não sei para onde ele vai e o que vai acontecer agora que ele morreu. Não sei. Isso não importa. O que importa é que aqui, dentro da minha memória, ele é imortal e jámais irá morrer.
Como bem nos lembra a canção: "...quem conheceu um amigo não morre jamais!
Amizade é infinita. E cada um tem seu Infinito Particular... No meu infinito, meu universo, os que amo nunca morrerão.

Vai em paz, amigo!


PS.: Em momentos assim, sou falho, me faltam palavras e nem sempre consigo expressar o que estou sentindo. No fim, porém, o resumo da ópera é que devemos aproveitar cada momento ao lado dos que amamos e dos que nos amam... a vida é curta, efêmera. Mas é vida e deve ser vivida.
Evite sofrimentos. Não faça ninguém sofrer e não permita que te façam sofrer. Não nascemos para sofrer. Ninguém merece sofrer. Nascemos todos com um propósito em comum... viver e ser felizes. Assim, acreditando nisso, a alegria do que foi vivido sempre será maior do que a tristeza que nos invade no momento da morte.




“Força Sempre”

terça-feira, 16 de março de 2010

Enquanto o ônibus não chega - II

E por mais que você ache que seu mundo acabou por conta de alguma decepção, a vida continua.

A vida não pára.
O tempo não pára.
E você não pode parar.

Não pode desistir de viver.

Há momentos, caro leitor, que é preciso desistir de certas coisas para assim se abrir a outros caminhos, outros mundos, novos universos.
Uma nova vida dentro da sua vida é possível... Desde que você esteja disposto a viver.

Acostume-se: as pessoas vão continuar errando com você! Mesmo e principalmente as mais queridas.
Todos erram.
Você também vai continuar errando, vacilando e sendo néscio em alguns momentos da vida.

No entanto, acredite, o pior erro é a incúria com aqueles que realmente te amam.
Cuide da sua família, dos seus pais, filhos e amigos!
Mas cuide da pessoa mais importante do mundo... Você! Faça isso para dar exemplo aos que estão próximos. Desta forma, vai conseguir demonstrar, como se estivesse escrito no meio da sua testa, e as pessoas vão saber que é assim que deve ser. Ou seja, “se não me respeitar, não serve!”
No mais, aproveite a terça-feira!

domingo, 14 de março de 2010

Fácil, extremamente fácil...



Antes de sair para comemorar, tinha que vir aqui dá uma esculhambada com a turma do lado de lá... a famosa turma do bacalhau!




Para surpresa e espanto de ninguém, o Mengon Fuderoson de Las Américas derrotou o pequeno, coitado e pobrezinho Vice da Gama, neste domingo, no Maracanã.
Ora, apesar de ter sido só por um a zero e ainda assim com um gol de pênalti, mostramos para esses manés que insistem em querer nos vencer que, quando se trata de Flamengo e Vasco, não tem outro desfecho senão a vitória do Todo-Poderoso Rubro Negro! Quando a ordem natural das coisas segue o seu curso... o Flamengo vence! O Vasco perde!



Aprendam visceínos. O vasquinho tem de carregar este carma para o resto de sua insignificante e sem graça existência.
Mas, para alguma coisa o Vasco serve: para perder pra gente e alegrar nossos domingos! Por isso e por todos os vices que vocês já agüentaram, obrigado por existirem. O que seria do campeão se não houvesse o vice? Sim! O Vice da Gama está cumprindo o seu papel!



Além disso, microcéfalo torcedor do Vice da Gama, quem mandou não fechar com o lado certo? Agora aguenta!
Ponto pra nós, flamenguistas, que escolhemos a opção de vencer! Eis nosso carma, nosso destino e nossa vida. Vencer!
A propósito, Dodô, meu filho... vai aprender bater pênalti! Dodô, meu rapaz, você é um néscio! Coitado de quem deposita as esperanças de vitória em um “artilheiro” como você!
Mais um ponto para nós, flamenguistas, que além de fechar com o lado certo, temos “El Bruno”, o maior pegador de pênaltis da nação tupiniquim!
Além disso, quem tem Imperador lá na frente para cutucar a pelota e botar ela para dentro do gol... é feliz! É flamenguista!



Ai, ai... já ri demais! Agora vou descansar e me preparar para o jogo da próxima quarta-feira, pela Libertadores! Até lá me delicio com a zoação com os cada vez piores viceínos!
O Vasco está para derrota assim como a derrota está para o Vasco! E Vasco-versa!
Da-lhe, da-lhe, da-lhe oh!!!! Mengão do meu coração...

sábado, 13 de março de 2010

Perfeição

“Não fica triste, papai! Vou cuidar de você. Quando eu estiver triste você cuida de mim, ta bom?" **





** Herbert Borges, meu herdeiro. Frase dita na noite do dia 25/02/2010, um dia em que eu realmente estava triste.





O que aconteceu depois? Sorri. E percebi que, apesar de algumas vezes ter motivos para ESTAR triste, não tenho direito de SER triste.
É isso.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Caminhos

Pare.
Pense comigo.
Não olhe para trás.
Não precisa olhar para frente.
Veja, neste momento, em que pé anda a sua vida, você.
Destino? Eu não acredito.
Para quem acredita em Deus, talvez você está aqui, deste jeito, nesta situação, porque Ele traçou o seu caminho.
Mas, acreditando em Deus ou não eu penso de uma forma concordante com muita gente e, ao meu ver, seja o mais próximo do aceitável.
Deus, ou seja lá o que for que move esse mundo, nos oferece algo de valor inestimável e que, nem sempre, sabemos usar com sabedoria.
Sabedoria é dom.
Não creio que tudo acontece porque tinha que ser assim.
Nos são oferecidos caminhos.
Vários caminhos.Ou, pelo menos, dois caminhos para que tenhamos o direito de escolha.
Escolhemos aquele que atende nossas necessidades momentâneas. Escolhemos aquele que, acreditamos, pode ser o melhor para nós.
Muitos escolhem o mais fácil, mais cômodo.
Mas, todos escolhem.
Ora, ninguém escolhe por você. Somente quando somos crianças, nossos pais, querendo nosso bem, levam-nos pelo caminho escolhido por eles. Ainda assim, depois de grandes, cabe a nós escolher...
É difícil.
Erramos muito.
Acertamos muito, também.
O fato, amigo, é que se você escolheu, ta escolhido. Aproveite os benefícios dessa escolha. Se foi boa para você, curta ela intensamente. Assuma a responsabilidade disso tudo. Arque com as consequências boas e ruins. Assuma o prejuízo, se esse for o caso.
Mas, não se arrependa.
A não ser quando se opta por fazer mal a alguém ou a você mesmo... não existe caminho errado. Existe caminho mal caminhado. Mal escolhido.
Mas sempre é tempo de recomeçar. Um erro não pode ser desfeito. Mas, sempre é possível percorrer o caminho de volta e escolher outra direção...
Dizem que Deus ou uma força maior rege o mundo. Pode até ser. Mas, quem rege o Seu Universo Particular, e, dentro deste Universo, os seus vários mundos, é você.
É isso.

terça-feira, 9 de março de 2010

Resmungos antes de dormir...


Que sono.
Que confusão mental.
Que saudade.
Do meu filho.Dela.
Que saudade de mim...
Que preguiça.
Que vontade de ir lá e falar tudo na lata.
Que vontade de ficar aqui, deitado, quieto, na minha, sozinho.
Que ruim ficar sozinho.
Adoro morar sozinho.
Que vontade de sorrir.
De chorar.
Que vontade de explicar o que houve ontem a noite.
Que vontade de entender o que houve ontem a noite.
Que vontade de que a noite de ontem nunca tivesse existido.
Que vontade de reviver aquela noite.
Que vontade de beber Fanta gelada.
Que saudade de macarronada.
To afim de ler um livro.
To afim de ganhar um livro.
To afim de emprestar um livro.
Adoro meu emprego. Mas, que vontade de sair de lá.
Quantos planos.
Quantas dúvidas.
Não sei se vou.
Não sei se fico.
Só sei que existo.
Nossa, mas que sono!
E esse telefone, no silencioso, que não para de vibrar??!!!
Que vontade de dormir.
E esse telefone que não para de vibrar... É. Mas, hoje eu vou dormir.
Que sono...

(tenho certeza de que amanhã não vou me lembrar de nada disso. Nenhuma confusão. Nenhuma dúvida. Nenhuma angustia... ih, já to sonhando)

Jogamos como mulheres *



(*) Publicado na edição do dia 08-03-2010 do Jornal da Manhã de Uberaba.

Antes de qualquer coisa... Parabéns a vocês mulheres!
Mães, filhas, irmãs, esposas, amigas... mulheres! Sou fã incondicional de todas! Ainda bem que vocês existem para dar brilho, graça e sentido à vida!

Mas, falando do Uberaba Sport, é preciso parabenizar os atletas colorados pela atuação digna de um time de mulheres!
Sim, um time guerreiro, que luta pelo seu espaço, que não desiste e que vai de encontro à dificuldade para vencê-la, superá-la. Um time de mulheres.
Afinal, foi assim, com espírito guerreiro que elas, as mulheres, conquistaram espaços em uma sociedade tão machista. Assim como para o USC, ainda falta muito a ser conquistado pelas mulheres. Elas merecem muito mais do que já foi alcançado – com o fruto do trabalho delas, diga-se de passagem.

O USC, pelo que jogou no sábado, também mostrou ser digno de merecer a classificação para a próxima fase do Mineiro.
Foi bom.
Estamos quase lá. Mas não é permitido perder o foco.
Se os torcedores do USC tiveram um final de semana feliz e cheio de sorrisos, foi por conta da atuação séria e focada do time. Não vacilamos. O Ipatinga, adversário que valoriza ainda mais o triunfo, também foi bem. Mas, nem mesmo as tentativas do Príncipe que virou Sapo foram capazes de impedir nossa segunda vitória jogando em casa, neste Campeonato.

Estamos no G-8 e agora as atenções devem ser direcionadas para o objetivo de alcançar uma posição ainda mais confortável na tabela. Isso é importante para que tenhamos a vantagem (desvantagem para alguns) de decidir jogando em casa, na segunda fase.
O que importa é que o time repita atuação como de sábado. Atuação responsável, atenta, com técnica apurada e sempre com raça, amor e espírito guerreiro... Enfim, uma atuação inspirada nas homenageadas do dia: as mulheres.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Tô podendo! Tô me achando! Blog da Semana... tô delirando!


Noooooooooooooooooossaaaaaaaaaaa!!!!!!!!

Sinceramente, não sei se eu merecia tanto, mas já que aconteceu... quero dividir com você, leitor que me suporta, a alegria de ter sido indicado pelo blog Delírios Literários, como o blog da semana!
Achei o máximo!
Obrigado Gabi, Monica e Sarah, as moças que postam todos os delírios por lá!
Obrigado a quem me acompanha!

Aproveitem para conhecer o blog das minas! É muito bom. Aliás, parafraseando as colegas... é do “caralho”!!! kkkkk

Clique para conhecer o DELÍRIOS LITERÁRIOS!
Mais uma vez: muito obrigado pela lembrança. O autor desse humilde bloguinho está lisonjeado!

PARABÉNS PELO DIA DE VOCÊS, MULHERADA!

domingo, 7 de março de 2010

Hoje eu vou dormir lá fora...


Nossa! Acabei de chegar em casa, depois de um domingo de trabalho. Fazer o que, né? Resolvi que quero ser jornalista e preciso me esforçar para isso. Esforço, neste caso, significa trabalhar também aos domingos e ter que noticiar coisas tristes como os três homicídios registrados só neste final de semana.
Mas, ta valendo!
O fato é que cheguei agora, por volta das 22h e, do nada, resolvi olhar para cima. Amigos, o céu ta muito maneiro, hoje! As nuvens se dissiparam e deram lugar às estrelas... num sei, deve ser uma homenagem adiantada para a mulherada pelo dia que comemoramos neste segunda-feira, dia 8 de março.
Mas, mesmo a homenagem celestial sendo para vocês mulheres, vou aproveitar o embalo, armar a rede e dormir lá fora, olhando o céu até que o sono chegue e me leve para as profundezas abissais do mundo dos sonhos.
Tomara que eu sonhe. E tomara que meus sonhos – inclusive os que dominam minha mente enquanto estou acordado – se realizem.
Dizem que se você olhar para uma estrela e fizer um pedido, costuma dar certo. Nó! Tem estrela demais no céu...
(...)
Coisas tão simples como o céu estrelado, às vezes, passam despercebidas. Mas, hoje, eu percebi...
É isso!

sábado, 6 de março de 2010

(...)


Dividindo uma sensação com você, leitor.
Há quase nove meses com esse humilde e dispensável blog no ar, hoje, pela primeira vez, escrevi algo que não será publicado.
É tenso.
Não é censura. É bom senso.
Mas, que é estranho é. Acredito que ninguém iria entender nada. Corrigindo: quase ninguém...
Ah, chega de explicações.
So queria dividir essa experiência com você...
É isso.

Enquanto a chuva não passa - II


“... E de repente o vinho virou água e a ferida não cicatrizou; e o limpo se sujou e no terceiro dia... ninguém ressuscitou”.
De repente, na vida da gente, parece que nada vai bem. É assim. Foi assim, talvez. Ou poderá ser assim. Não sei.
O que rola é que de vez em quando, a gente entra numa verdadeira urucubaca.
No entanto, preste atenção:
Nem tudo é irreversível!
Isso é ótimo.
Quase sempre é possível reverter um erro. Aliás, estou errado. Erros são irreversíveis. O que passou, o que foi feito, não volta mais. O último segundo não volta mais. Vira lembrança.
Porém, apesar de não ser possível reverter um erro... é possível e pode dar certo, voltar atrás e tentar fazer a coisa certa.
Pode ser...
Pedir desculpas.
Pedir um beijo.
Pedir demissão.
Declarar-se.
Fechar os olhos e dormir.
...
Outra coisa que rola é esquecer. Ou pelo menos tentar esquecer. Mas, esquecer um erro não é muito bom. É um erro. Você acaba correndo o risco de repetir o mesmo erro.
É isso.
Escrever isso pode ter sido um erro. Se amanhã eu perceber isso, não apago, mas tento escrever algo melhor...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sorrisos...


(...)


Mais um dia de trabalho, pensou consigo.
Abriu os olhos lentamente e viu que não estava em sua casa. A cama era aconchegante, mas não era a sua. Notou um perfume diferente no travesseiro que tampava o seu rosto. Suave.
Penetrante.
Diferente.
Era bom.
Olhou para o lado e sorriu.
Era ela.
A menina-mulher. A garota que, se lhe perguntassem o nome há dois dias atrás, ele, talvez, nem se lembraria. Mas o nome dela, o nome disso, o nome desse momento, era o que menos importava, naquele instante.
Agora, ela estava deitada, dormindo, ao seu lado.
Ela “sempre esteve ali”. Foi o que, com a voz serena, suave, envolvente e decidida ela dissera ao final da última noite, antes de os dois pegarem no sono.
Eram vizinhos. Poucos metros, alguns passos, os separavam. Cruzavam-se quase todos os dias no ônibus, na hora de trabalhar e no momento em que voltavam da aula. Quase sempre, um “oi” e conversa encerrada.
Tudo mudou.
Tudo muda.
Com um beijo carinhoso no pescoço, ele a acordou.
Era hora de partir.
Ela sorriu. Tímida. Esticou o corpo. Enquanto isso, seus cabelos cacheados e que molduravam seu rosto caiam em uma lentidão quase que proposital sobre os olhos. Estendendo a mão, ele retirou os fios com cuidado e retribuiu, com sinceridade, àquele sorriso.
Ele não sabia como, mas ela sorria com os olhos. Mas isso é uma outra história.
Levantando-se e indo até o banheiro, ele olhou para o espelho... não havia mais olheiras. Seu rosto não estava marcado pelo cansaço, apesar de ter dormido tão pouco na última noite... As coisas, a vida, aos poucos, estavam voltando ao normal. E, mesmo sem gostar de comparações, lembrou-se de uma fase ruim que enfrentara a poucos dias. Mas isso também é uma outra história, apesar acreditar que para existir história tem que existir verdade... Ao se lembrar, um misto de angústia, tristeza e decepção tentou tomar conta do seu momento e, por um microssegundo, aquilo quase atrapalhou o seu humor.
Ainda assim, sorriu.
Afinal, recordando um texto atribuído a Fernando Pessoa, o ciclo havia mudado e apesar de alguns sentimentos que ainda insistiam em sobreviver, ele estava certo de que não queria um dia voltar a viver coisas que lhe fizeram tão mal.
Jogando água no rosto, sorriu!
Colocando a roupa, ouviu com atenção um convite para voltar a noite.
Pensou e achou melhor dizer não. O não era para ele.
Buscando ser sincero, pediu para que as coisas continuassem a acontecer naturalmente, como na noite anterior. Sem convite. Sem hora marcada. Sem espera. Apenas vontade gêmea de ficar e não pensar em nada...
Insistindo, ela afirmou que sempre esperou por aquele momento. Vagarosamente, ele se dirigiu até ela e sentou-se ao seu lado, ainda na cama. Acariciando o seu rosto, passando vagarosamente os dedos sobre os lábios da menina ele respirou, sorriu e, olhando para aquele olhar sincero, explicou que momentos não foram feitos para se esperar e sim para serem aproveitados.
Assim, mesmo atrasados, aproveitaram aquele novo momento, decidindo deixar que o próximo, que certamente virá, aconteça... hoje ou amanhã, ou ainda hoje e amanhã... Juntos, sorriram.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O fim


Reerguendo-se.
A queda foi dura. Maior do que ele imaginava.
Machucou.
Quanto maiores os planos, os sonhos, maior também é a decepção por não ter dado certo.
Eis a vida.
Ele não se queixa por ter tentado e não ter conseguido.
Isso é mais natural do que se possa imaginar.
A frustração é por não ter tido a chance de tentar, de mostrar que poderia ao menos ter feito muito mais do que prometer.
A chance não foi dada.
Talvez a culpa tenha sido dele mesmo por não convencido a parte “desinteressada” a se interessar. A acatar a proposta. A viver esse sonho sem medo.
Mas, todos são livres.
Ninguém é obrigado a tentar viver nada com ninguém.
Ninguém tem a obrigação de querer fazer parte dos sonhos alheios.
Tudo vai passar.
Sempre passa.
Não existe nada que dure para sempre.
Nunca existiu.
Não é o tempo quem vai curar essa dor.
É ele, o cara que agora sofre, quem vai curar tudo...
É ele quem vai esquecer os bons momentos que, infelizmente, foram suprimidos pela desonestidade, mentira.
No fim, ele ouviu ter sido grosso. Ouviu que as palavras ditas no calor do momento, magoaram a outra parte. Mas, ainda assim, mesmo que aquela pessoa a quem ele se dirigia não merecesse tal preocupação, ele foi honesto... até o fim. Mesmo sabendo que mentir é muito fácil.
Mesmo naquele momento horrível de dor, ele aprendeu ou apenas se relembrou que sempre vale a pena ser verdadeiro.
A verdade é crucial para ele. Para a outra parte, nem tanto.
Sabendo disso. Tendo a certeza de que foi honesto até o fim, ele dormiu tranquilo, como a muito não dormia. Jantou, como não fazia a muitos dias.
Não sorriu.
Não chorou.
Apenas se lembrou de que conseguira cumprir a promessa de ser honesto, até o fim. Para ele, mesmo sem a reciprocidade de tal honestidade, isso bastou. Bastou para que ele levantasse e observasse suas olheiras, seu rosto mais magro por conta do jejum forçado dos últimos dias e ainda assim se animasse e sorrisse para si mesmo.
Não era forçado.
Era a certeza de que no fim, no balanço das perdas, quem perdeu não foi ele e sim a outra parte. Naquele momento ele enxergava isso.
No fim, ela perdeu. Ele estava certo disso.
Não. Ela não merecia tanto... era triste chegar a essa conclusão. Relembrou sua banda preferida... cantou.
Pensou. Relembrou-se mais uma vez de tudo. Quis, mas não conseguiu chorar. Talvez isso tudo não fosse digno de lágrimas tão sinceras...
(...)
Levantou-se novamente, abriu a janela.
Viu a chuva.
Ás lágrimas do céu.
É hora de acordar...
Para ele, ela morreu. E ele nunca foi de ficar relembrando os mortos.
A vida continua e ele ainda tem muito a viver. Muito a oferecer pro mundo.
Foi tentar...
Ser feliz!

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