Palavras soltas...

(...) "Tenho aprendido muitas coisas nos últimos tempos. Uma delas é que jamais podemos deixar para amanhã um gesto de carinho, um sorriso verdadeiro, uma declaração de amor."

Confira a crônica completa clicando aqui.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Há tempo...


É... chegou. Eis o último dia do ano.
Mudanças, alegrias, confirmações, tristezas, sorrisos, tropeços, lágrimas, dinheiro e conta no vermelho, amigos, amores, brigas, piadas, apertos e tantas coisas vividas em apenas 365 dias. A vida é muito intensa. Por isso, não há tempo para parar e ficar pensando no que se foi e, talvez, nem mesmo deveríamos perder tanto tempo planejando. O ideal é agir o quanto antes, antes que seja tarde.
A velha máxima do poeta ao dizer que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, vale demais, pra mim.
Mas, não é só isso.
Se pensarmos exatamente como pensam nossos amigos das repartições públicas, em 2009, amigo, não dá tempo para mais nada. Ou, quase mais nada.
Ainda dá tempo de dizer para aquela pessoa especial que ela é muito especial.
Dá tempo de pedir desculpas a quem você ofendeu, machucou, fez chorar.
Ainda há tempo para passear com seu filho no shopping e, se falta dinheiro, na pracinha do bairro mesmo. O que vale é estar junto.
Dá tempo de entender aquela piada. Mas, também se tem tempo para entender aquela pessoa e tentar de novo.
Sim, há tempo suficiente para se tentar de novo.
Dá tempo de trocar de time, de penteado, de gosto musical, e, se brincar, dá tempo até de mudar de emprego.
Corre atrás, vai lá!
Ainda dá tempo de se matricular em um curso, na faculdade, na escola... dá tempo de ir ao médico e fazer um check-up!
Dá tempo de conversar com aquela pessoa que se senta todos os dias ao seu lado no ônibus, na hora de trabalhar, e para quem você nunca teve coragem de dizer um oi.
Dá tempo de pagar contas. Dá tempo de receber os fiados.
Se prometeu algo a alguém, dá tempo de cumprir. Basta querer.
Dá tempo de largar daquele ou daquela namorada chato, ciumento e e insensível e encontrar alguém especial. Ou melhor, dá tempo de ficar sozinho e pensar melhor no que quer e quem quer para sua vida.
É... dá tempo de querer. De mudar. De crescer. Dá tempo de viver o que não se viveu!
Se preferir, dá tempo de deitar na cama, com a consciência tranquila de que fez o seu melhor durante todo o ano e sonhar... sonhar com e para que as coisas sejam ainda melhores em 2010! Além disso, você terá mais 365 dias para fazer tudo o que ainda não fez...
Feliz ano novo a todos!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Devaneios sobre o fim

Ele até esperava, mesmo sabendo que a ligação tão esperada, sonhada, não iria acontecer.
Utopia. Tolice.
Mesmo assim, não desgrudava de perto do telefone e a todo momento olhava para ver se, por um segundo de distração, a ligação que poderia transformar sua noite, talvez sua vida, teria passado despercebida.
Nada.
Nenhum sinal. Nenhuma ligação. Ela não ligou e não iria ligar.
Não ligou.
Ele até pensou. Hesitou. Mas, em honra a sua promessa de não insistir em respeito ao momento dela, também não ligou. Apesar disso, era impossível não pensar em todos os momentos mágicos vividos dias antes. Cada gesto, cada beijo e cada toque de pele ainda eram vividos em suas lembranças. Não era só algo carnal, era mais...
Havia tanta coisa que ele ainda querer viver, falar, sentir.
Passou.
Para ela, ele é passado.
Pra ele, ela é o presente. É o que não sai da sua mente.
Esperando a ligação que não iria acontecer, ele pensava na última vez em que se falaram, também ao telefone. Ela fora clara ao dizer o que queria – ou melhor, o que não queria.
Não restava espaço para dúvida: acabou.
Agora, já olhando para sua cama e lutando contra o sono, ele só tinha uma certeza...
Acabou.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Esperando a chuva passar...


Tem gente que diz que para tudo na vida deve haver uma explicação.

Eu não concordo.

E mesmo que fosse verdade, se tudo tiver mesmo uma explicação lógica ou não, racional ou não, plausível ou não... nem sempre ela é clara. Então, pra que perdermos tempo procurando respostas?

O ideal, a meu ver, é sempre seguir a velha máxima e curtir, ao máximo, o momento, sobretudo ao lado daqueles que amamos. Fazer o que manda o coração e deixar um pouco de lado aos apelos da razão é interessante, também.

Vale dizer que aproveitar o momento não é ser inconsequente. Afinal, não vivemos sozinhos no mundo e devemos sempre estar atentos aos resultados das nossas ações. Se não for prejudicar ninguém, amigo, vai fundo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

(Mais) devaneios particulares

Soa estranho esse sentimento contínuo dentro da minha mente.

É estranho mesmo.

Acho que já vivi este mesmo momento, esta mesma sensação, e senti esse exato calafrio em algum ponto inencontrável da minha breve existência.

Já teve essa sensação inexplicável de já ter estado em algum lugar, mesmo nunca tendo pisado ali antes?

É a história que se repete? Ou é aquilo que queremos e por isso nos levamos a sentir?

Só sei que é estranho.

Mas, por enquanto, quero apenas aproveitar o momento, seja ele novo ou apenas a repetição de um capítulo que já vivi – nunca interpretei – nesse filme chamado vida.

Vou jogar o lixo fora. Vou tentar almoçar na hora e tomar leite antes de dormir. Enquanto isso, espero quem eu sei que pode até mesmo não querer vir... até lá, termino de ler aquele livro que me comprometi a terminar até o fim do ano.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mengão do meu coração!


Venceu o melhor.
Venceu o time que jogou o futebol mais bonito, mais aguerrido, mas raçudo, mais guerreiro.
Venceu simplesmente o time que mais venceu durante a competição. Como se trata de um campeonato de pontos corridos, nada mais justo do que o time que mais venceu sair como o campeão. (acho que isso não se discute mais)

Venceu o Flamengo. A torcida rubro-negra. A mais vibrante, apaixonada e influente torcida do mundo.
Às favas com a humildade. O momento é de exaltação.
Estamos no topo da cadeia alimentar futebolística. Não tememos a nenhum predador. Nós somos os predadores. Nós somos o Todo-Poderoso Mengão!

Foram 17 anos esperando. Eu tinha 11 anos de idade quando o Doutrinador Geral do futebol brasileiro foi campeão nacional pela última vez. Depois, vi o Flamengo vencer a Copa do Brasil (que também é um titulo nacional), Copa dos Campeões e vários (muitos mesmo) Campeonatos Cariocas, onde, diga-se de passagem, somos os imperadores.
Naquele tempo, ainda criança, eu torcia e já me arrepiava com os gritos vindos das arquibancadas coloridas de vermelho e preto. Sofria também. Porque, alegria e sofrimento andam lado a lado. Uma só existe por causa da outra. Sofremos para sorrir no final. É assim a sina flamenguista. É assim a sina de qualquer torcedor.
Mas, o nosso sofrimento é maior e chega a ser bonito. Por sermos os maiores, as quedas são mais dolorosas. Existe quem torce pelo Flamengo e existe o resto do mundo que não se aguenta de inveja e ainda perde o tempo torcendo pela nossa derrota. A vocês, um recado: não adianta. Somos o Flamengo.

Ontem, 17 anos depois, eu pude gritar novamente que o Flamengo é campeão. A conquista me lembrou o tetracampeonato da Seleção Brasileira, em 1994, quando o time comandado por Parreira conquistou, depois de 24 anos, outra taça da Copa do Mundo. Os grandes vulcões apenas adormecem, nunca morrem. O Flamengo é imortal.

Para quem ainda insistia em afirmar que o Grêmio entregaria o jogo, só restou a decepção pela constatação de que o Flamengo não precisa disso. Gostamos e encaramos as dificuldades com prazer. A história mostra isso. Os grandes adversários enaltecem ainda mais nossas glórias e conquistas. O Grêmio, por sua vez, mostrou dignidade, profissionalismo e honradez. Time de homens, ao contrário da arcoirizada da ala nobre da cidade de São Paulo, onde está instalado o grandioso estádio Cícero Pompeu de Toledo, que ainda insistem em dizer que deram chance ao Mengão ou ao Internacional. Se essa afirmação que me emputece cada vez que ouço fosse real, Washington, Ceni e companhia não estariam chorando até agora com seus lencinhos umedecidos. Deixa prá lá... não vamos perder tempo com derrotados. Somos vencedores.

Enfim, tudo o que aconteceu durante os pouco mais de 90 minutos da partida de ontem, no Maracanã, só serviu para que o Brasileirão terminasse da forma mais justa, correta e perfeita possível. Venceu o melhor, venceu o Flamengo.

Foi sinistro. Mas, no final foi fantástico.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"Brigado Ocêis..."


Caros,
Falem bem, falem mal, mas falem de mim.
Pensando assim, quero agradecer a todos que visitam este humilde blog de pensamentos nem sempre bem quistos.
Como futuro jornalista – não sei se daqui a um ou três anos – logicamente explodo de alegria quando alguém comenta neste espaço onde coloco meus devaneios em forma de palavras. E sinceramente, os críticos e discordantes me agradam mais, pois me fazem repensar muito sobre minhas convicções temporárias... Até mesmo quando coloco algo mais cômico e descompromissado, é bom saber que alguém está “me” lendo.
A falha tecnológica está impedindo alguns leitores de comentar neste espaço. Ainda assim, recebi vários comentários, por e-mail ou pessoalmente, de pessoas que leram o último post, sobre a Magnética. A vocês, o meu muito obrigado pela atenção, leitura, análise e até mesmo repugnância ao meu humilde texto sobre o Maior de Todos.
Continuem assim, o espaço é nosso e o universo é o limite para os que buscam crescimento!
Valeu!

PS.: Mas, que domingo tem festa rubro-negra, tem!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A hora e a vez da Magnética.


Estupefatos. Todos ficam admirados com a inigualável grandeza e paixão dessa nação chamada torcida do Mengão.
Nada se compara ao Maracanã lotado com mais de 80 mil apaixonados gritando o nome do time de futebol de maior tradição do País: o Flamengo
Somos os maiores em todo o Brasil. No Rio de Janeiro, a discussão é para saber de quem é a segunda maior torcida do Estado. Nas outras Unidades Federativas desta vasta área continental brasileira, a disputa é mais acirrada. Mas, ainda assim não há dúvidas de que o Flamengo, apesar do que disse o sempre rubro-negro Ronaldo, tem a marca imbatível de maior torcida.
Somos heróis.
Somos guerreiros.
Somos fodões!
E somos enjoados mesmo! Temos direito de ser assim. Somos o Flamengo, afinal. E, parafraseando Arthur Muhlenberg, blogueiro oficial da Nação, devemos estar sempre livres para dar vazão à nossa natural arrogância e ao nosso justo complexo de superioridade. “Às favas com a humildade irmãos e irmãs rubro-negros”.
Ninguém! Ninguém mesmo, está mais autorizado a tirar mais onda do que você, torcedor do Flamengo!
O Grande Dia está chegando e devemos nos preparar para isso. Todos nós, torcedores ou não do Doutrinador do Futebol Nacional, presenciaremos, com certeza, a maior festa dos últimos 17 anos!
Com meus 28 de vida, só vivi a alegria de ver o Flamengo conquistando o Brasileiro uma única vez, em 1992, em cima do Foguinho (faisquinha, ultimamente). Depois disso, presenciei outras conquistas, como o Penta-Tri Carioca, a Copa do Brasil de 2007 (quando vencemos o Bacalhau sem dó ou piedade) e a Copa dos Campeões (oportunidade única em que os Bambis sentiram a força de encarar o Onipotente em uma final).
Outros da raça rubro-negra, nascidos de 1992 para cá, ainda são cabaços em questão de Brasileirão. Está chegando a hora de experimentar o momento transcendental de ver o King of Soccer conquistar o título de Maior da Nação, após longos dezessete anos de espera.
Não duvide. Seremos campeões.
Os guerreiros da Nação já sabem o que fazer. A nós, resta esperar pelo inevitável: a conquista do título e a conquista do topo da pirâmide hierárquica do futebol tupiniquim, onde os fracos e a bambizada mau vestida não têm vez.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Milagre *


Desde a fatídica desclassificação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1990, realizada na Itália, quando o time canarinho saiu nas oitavas-de-final ao perder para a Argentina de Maradona, Caniggia e companhia – a qual foi vice-campeã daquela Copa – eu tenho acompanhado um pouquinho de futebol. Já se foram 19 anos...
Por isso, e por ser torcedor apaixonado, posso dizer: o milagre existe.
Nelson Rodrigues, em maio de 1956 já pregava que o “fato normal, o fato lógico, o fato indiscutível merece apenas a nossa repulsa e o nosso descrédito. É preciso captar ou, melhor, extrair de cada acontecimento o que há nele de maravilhoso, de inverossímil e, numa palavra, de milagre. E não vejo como se possa viver e sobreviver sem esse milagre”.

Assim como o nascimento de uma nova vida é e deve ser considerado um milagre, o gol, a vitória, a conquista do título, são, inevitavelmente, milagres. Ação sobrenatural que provoca reações também sobrenaturais e muitas vezes sem a mínima explicação no íntimo de cada torcedor – assim pode ser definido o primeiro segundo após um gol, uma vitória e aquela tão sonhada conquista.
Acreditar ou não é da escolha de cada um. Eu acredito.
Milagre é aquilo que os homens não encontram explicação racional e depositam a autoria de tal façanha a um Ser Superior, que também pode ser chamado de Deus.

O futebol – na alegria ou na tristeza – é capaz de promover certos milagres em cada um de nós.
O instante pós-gol tem o poder de nos fazer levitar, ficar cego, surdo e mudo ao mesmo tempo. Levitamos de alegria e a cada pulo de felicidade queremos que o próximo seja ainda mais alto. Ficamos cegos pela adrenalina que toma conta de cada veia do corpo. Ou ainda, surdos para não ouvir as provocações de torcedores adversários e mudos para não dar a merecida resposta àquele chato que não para de nos zoar. É assim que é, e é assim que é bom!
Só mesmo um milagre é capaz de reunir tantas pessoas em um mesmo local e em busca do mesmo ideal. É dessa forma que enxergo o estádio lotado nos dias de decisões. (Vide a final da Taça Minas, no dia 15 de novembro, quando o Uberaba Sport levou o título para Boulanger Pucci).

Por mais irreal que possa parecer – e o amigo torcedor está aí para não me deixar mentir – não se trata apenas de uma decisão de campeonato. Ora, o resultado daquele jogo irá influenciar em nossa vida por muito tempo. Dando exemplos: quem assistiu nunca esquece a final da Copa do Mundo da França, em 1998, quando o Brasil perdeu para os donos da casa. Ninguém esquece aquelas Olimpíadas de 1996. Na oportunidade, o time da Nigéria nos deu uma lição do que é ter força de vontade e acreditar sempre: perdemos porque eles tiveram mais coração. E, que fique bem claro: o fato de o coração bater e pulsar o sangue para o restante do corpo é, de fato, um verdadeiro milagre. Vivemos porque o coração ainda bate.
Os desastres citados me marcaram de forma singular. Mas, não posso deixar de citar a conquista da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Foi o Tetra, mas para mim foi a primeira conquista de uma Copa.
Posso também, relembrar a Copa de 2002, realizada na Ásia, quando Ronaldo, o Fenômeno, praticou milagre ao voltar a jogar depois que quase ninguém acreditava nisso. Ele não só voltou a atuar como estraçalhou qualquer possibilidade de alguém acreditar que ele não mais pisaria nos gramados. Literalmente, ele acabou com a Copa e ajudou a Amarelinha a trazer mais uma taça. O penta!

Torcedores do Flamengo, Internacional e ainda do Palmeiras: milagres acontecem. Faltam apenas duas rodadas para o final do Brasileirão 2009. Com um ponto de vantagem sobre o Rubro Negro, o indômito São Paulo dá pinta de que conquistará a sua 7ª taça da competição, e, de quebra, ser quatro vezes consecutivas consagrado campeão. Porém, há um porém, o futebol é regido por deuses, forças ocultas e inimagináveis reações que atuam em uma mágica e inexplicável lógica do campo superior. Portanto, jogando muita bola e acreditando, é possível que os três times citados no início do parágrafo possam soltar o grito de campeão ao final desta grande batalha – aliás, a melhor de todas na era dos pontos corridos.
Acreditem! Para o bom torcedor não existe nenhum time imbatível. São-paulinos, o fato de não sucumbir jamais é, por vocês, a prova de que milagres existem. Por três anos o time não vacilou. Eis a chance do tricolor paulista continuar reinando milagrosamente no reino do futebol mundial.

(*) Publicada na edição número 11.257 do Jornal da Manhã, em 27/11/2009. (http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,22,ARTICULISTAS,19120)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Enquanto o ônibus nao chega...


Grosseiramente falando, até porque não deva existir outro significado, cético é aquele individuo que dúvida de tudo. Ou não acredita em nada, como você, leitor, preferir interpretar.
Nunca fui cético ao extremo. Sempre acreditei nas coisas, nos acontecimentos históricos – nunca fui um dos adeptos à teoria da conspiração. Sempre acreditei no ser humano e, ao mesmo tempo, duvidava que nossa raça fosse capaz de certas coisas, atitudes ou ausências das mesmas.
Sou assim.
Honestamente, eu não duvido de mais nada.
Agora, escrevendo esse pequeno, mas intenso devaneio – não duvidem – eu venho chegando a conclusão de que o mundo ta pirando e eu vou junto nessa piração incontrolável, inexplicável e inacabável...
Antes, em minha ignorante inocência, eu duvidava que um homem pudesse exterminar a vida do seu semelhante. Na verdade, não nos vemos como semelhantes. Falta respeito, amor e carinho pelas coisas e pelo mundo – pelas pessoas. Falta o tal do colocar-se no lugar do outro. Falta pensar nas consequências e não existe peso na consciência.
Matamos-nos de todas as maneiras. Já vi gente sendo morta a tiros, facadas, atropeladas, espancadas. Mas, também já vi gente matando gente apenas com uma simples palavra. Percebo vidas sendo destruídas em decorrência da soberba de outras.
Matam por tudo: por dinheiro, por ciúmes, por raiva, amor e por falta de amor. Mas, também matam por nada.
Matamo-nos.
Voltando as minhas antigas crenças no não. Eu não acreditava no tal do amor incondicional. No entanto, percebi que o amor, por si só, é incondicional. Do contrário, não seria amor.
Amo meu filho. Isso não requer provas. E amando ele, passei a me amar mais. Cuidar mais de mim. Querer bem a mim mesmo. Tudo isso, para ele. Para estar bem para ele. Ser feliz para fazê-lo feliz. É o amor.
Tem mais.
Da mentira, agora eu vou falar. Não como réu. Muito menos advogarei como acusador.
A mentira é desagradável, mesmo quando nos sugerem que os fins justificam os meios, a mentira nunca irá substituir a verdade.
Prefiro a verdade.
Mas, odeio o sofrimento.
Na boa, às vezes – às vezes mesmo – mentir ou omitir evita sofrimentos. Omitir, é, de certa forma, mentir. Mas, ao esconder certas coisas e dessa forma mentir que tal coisa não existe, podemos evitar catástrofes. O que os olhos não veem o coração não sente.
Ah, quer saber? Este assunto me confunde. A verdade é essa.
Resumindo: Duvidar é bom. Faz crescer o ser humano. Quem acredita em tudo que vê, tende a se enganar, sobretudo com as pessoas. Entrementes, apesar de a dúvida ser boa e saudável, acredite nas pessoas, acredite em seus amigos, no seu time de coração. Acredite no seu deus, acredite em você. Acredite na fantasia, na infância e na juventude. Acredite no dia de amanhã, acredite que tudo vai passar e, por isso, é preciso aproveitar.
Acredite duvidando, mas sempre confiando.
É isso.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dois gols que me fizeram chorar

Não. Não é mais uma crônica sobre futebol...

A primeira e penúltima vez que chorei por causa de um gol, foi em 1995, na final do Campeonato Carioca, quando o bastardo do Renato Gaúcho, jogando pelo Fluminense, hoje na Segunda Divisão do Futebol Brasileiro (de onde jamais deverá voltar) marcou um gol de barriga (!!!) no meu Flamengo. Perdemos o título e eu fiquei traumatizado, jurando, naquele momento e na segunda-feira seguinte, após ser muito zoado pelos colegas de escola, que nunca mais eu choraria por causa de um gol...


Mas, eis a vida!
No domingo passado descumpri minha promessa. E, se quer saber, com muito prazer... Vou narrar a jogada do gol e imagino que você irá me entender.
Meu artilheiro há mais ou menos oito meses atrás sequer andava. Apenas ficava deitado, engessado e triste em uma cama. Para um jogador tão jovem – ele tem apenas seis anos – era difícil aceitar que em um domingo de sol e calor, enquanto todos os outros vão para a piscina ou jogar bola na porta de casa, ele precisava ficar deitadinho, em repouso absoluto, contentando-se a assistir filmes, muitos vistos mais de dez vezes...
Mesmo em inicio de carreira, ele foi para o estábulo tão cedo depois de uma entrada violenta da vida. Entrada para cartão vermelho. Cartão vermelho bem aplicado, diga-se de passagem, para uma mãe um tanto quanto inconseqüente.
Explico: em uma tarde normal de 2008 de um sábado normal, em uma cidade normal, uma criança normal, andava em sua bicicleta nova que ganhara no dia do seu aniversário. Em dado momento, um tombo, também normal nessa idade e nessas condições – pois, verdade seja dita, ele sempre gostou de arriscar manobras radicais – provocou uma fratura no seu fêmur direito. Acidentes acontecem. Resultado: meu camisa 10 teve que ser engessado e obrigado a ficar em repouso. Normal.
O lance maldoso e irresponsável da história ocorreu quando a mãe, com pressa, não se sabe de que, resolveu, por conta própria e antes do momento correto, retirar o gesso, utilizando uma faquinha de serra. Uma faquinha de serra! Resultado: o osso não se colou totalmente, ficou defeituoso e a criança, que antes corria, saltava e pulava para todos os lados, agora mal andava – mancava. Sofria.
Sofri.
Chorei.
Mas, não me entreguei. Não nos entregamos. Fomos guerreiros.
Decidimos recomeçar o jogo. Tudo de novo. Zero a zero.
Uma nova cirurgia foi marcada. O sofrimento era certo – para o meu artilheiro e para mim, seu maior torcedor!
Juntos, enfrentamos todos os adversários! Assim como se faz em uma grande equipe.
Seu fêmur defeituoso precisou ser quebrado novamente pela equipe médica. Pinos de metal foram inseridos em seu corpo pequeno, porém forte e cheio de vitalidade, e ele foi novamente engessado. Mas, desta vez, o gesso começava em sua cintura e descia por toda extensão de sua perna direita.
Pense em uma cena triste. Daquelas que te façam querer sair correndo e pedir colo.
Não me lembro de ter visto uma cena tão apavorante em toda a minha vida, quanto aquela com a qual me deparei quando cheguei ao quarto do hospital, após a cirurgia (bem-sucedida). Todo engessado, ainda meio grogue por conta da anestesia, ele chorava. Implorava-me para que o tirasse de lá. Suplicava-me para que eu dissesse que tudo iria passar... “Papai. Fala que vai parar de doer que para! Se você falar que sara, sara! Por favor, papai...”.
Com os olhos úmidos, contive minhas lágrimas, parei de tremer e o abracei. Foi o abraço! Mesmo sem ter certeza de nada, apenas a vontade suprema de que ele saísse daquela situação o quanto antes, eu prometi: “Vai dar tudo certo!”.
Ao virar as costas, procurando por um copo de água para molhar minha boca seca, já que todo o líquido do meu corpo parecia estar em meus olhos, prestes a escorrer pelo rosto, chorei.
Chorei igual criança.

O sofrimento, por pior que seja, sempre nos traz uma lição. Faz crescer. E durante os pouco mais de cinco meses em que ele esteve engessado, imóvel naquela cama, sem poder tomar um banho digno, sem poder andar, sem poder brincar de bola, sem poder vir correndo, pular e me abraçar, eu aprendi que pequenas coisas que a principio parecem tolas, como dar um passo para frente, podem mudar uma vida.
A mudança, aliás, começa quando damos o primeiro passo.
Aprendi, depois de seis anos, que ser pai é mais, muito mais, do que dar presentes no dia das crianças, levar para passear no zoológico, brincar!
Ser pai é deixar-se amar. É se entregar totalmente à sua cria.
Ser pai é se emocionar de verdade, com direito a lágrimas e tudo, quando seu filho lhe trás um sol (quadrado), todo torto, colorido de verde (um sol verde!), com duas pessoas desenhadas um pouco mais abaixo, abraçadas, e diz pra você, sorrindo e orgulhoso: somos nós, eu e você, papai!
Ah, num sei: ser pai é tudo!

Enfim, ele se recuperou. Ainda assim, mesmo após a retirada do gesso, o sofrimento não acabou. Nos primeiros dias, com a perna ainda meio atrofiada, ele reaprendeu a andar. Lembro-me como se fosse hoje, o dia em que eu ainda estava dormindo e escutei um estrondo na cozinha. Era ele, ainda sem conseguir dobrar o joelho, tentando vir até o meu quarto, apoiando-se na parede e em alguns móveis. O estrondo se deu quando, sem verificar, meu artilheiro apoiou-se em um armarinho e este veio ao chão. Assustado, fui correndo ver o que era: e ele, sorrindo e meio sem graça disparou: “Eu to tentando andar, mas quebrei as coisas da vovó tudo. Será que ela vai danar comigo?”.
(...)

Mais de quatro meses depois, fui incumbido de levá-lo até a uma festinha do para as crianças da escola. Chegando lá, o de sempre: crianças correndo, gritando, pulando e sorrindo. Algodão doce, picolé, pipoca e guaraná! Perfeito pra eles.
Eis que chega a hora do futebol.
Com um misto de timidez e orgulho, ele me convida: “Vem, vem ver eu jogar!”.
Fui.
Nos primeiros minutos, ele não foi muito bem. Não sabia se prestava atenção no jogo e ou se me olhava para confirmar se eu, se torcedor número um, prestava atenção na partida. Disparando um olhar fulminante e sincero dentro dos seus olhos, eu lhe disse, sem soltar uma só palavra: “Eu sempre vou estar aqui”.
Bola rolando, desorganização, nada de esquema tático, com exceção dos goleiros, nenhum jogador ficava na sua posição de origem. Aonde a bola ia, todos iam atrás, lembrando um grande formigueiro na busca de uma pedra de açúcar.
De repente, eis que a bola sobra na área para ele. Sem nenhuma técnica, mas cheio de vontade, ele arrisca o chute – erra – e chuta o vento. Porém, ele tem sorte de boleiro e sangue de artilheiro, aí a bola bate em sua canela e se ajeita perfeitamente para a segunda tentativa: ele dispara outro chute – com a perna direita – que desta vez pega na “orelha” da bola e entra devagarzinho no canto do goleiro.
Goooooooooooooool!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não foi golaço, não. Não foi uma obra prima. Mas, foi o gol mas bonito que eu já vi. O gol mais importante da carreira dele. O gol da minha vida. O gol que me fez descumprir minha promessa e chorar.
O gol da vitória!
A nossa vitória!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Percebi


Cobrindo a editoria de polícia de um jornal diário, é possível perceber algumas coisas:

No caso de um acidente como, por exemplo, de um homem que trabalhava e foi soterrado por 12 mil toneladas de soja, ficando submerso a cerca de 30 metros de profundidade...
Os bombeiros correm para salvar uma vida.
Os jornalistas correm para buscar uma notícia.
Os curiosos apertam o passo para ver o que está havendo.
O agente funerário se agita para concretizar um negócio e realizar os trâmites funerários, caso o homem não sobreviva.
A Família se esforça para ter esperanças de que tudo vai dar certo...

Dezoito horas após o acidente e o corpo já sem vida enfim ser resgatado, os bombeiros saem consternados por não conseguirem salvar o operário.
O jornalista sai com a notícia, o furo, mas triste pela morte de um ser humano.
Os curiosos satisfazem seu desejo de presenciar a tragédia.
O agente funerário, do seu jeito peculiar, convence a família a contratar os seus serviços.
E a família não consegue nada. Não entende os motivos da desgraça. Não compreende o porquê de ter sido aquele homem, pai de quatro filhos. E não sabe por que justo quando mais se precisava as orações não surtiram efeito...
Eis a vida.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sobre idas e vindas...


Com exceção de um papagaio que tive quando ainda era criança, eu nunca fui de prestar muita atenção em pássaros.
Mas, gosto quando eles cantam, brincam entre si e se acariciam com a ponta do bico. Adoro quando os pássaros voam...
Meu pai tinha um Canário Belga, mas eu o soltei por não achar correto que algum ser inocente passe a vida preso em uma gaiola. Até hoje ele não sabe que eu fiz isso.


Ah, sim, estou falando sobre os pássaros para contar sobre um Beija-flor que apareceu no meu quintal. Apesar de ser muito rápido, consigo observá-lo.
É lindo. Cheio de cores. Será que ficou tão colorido por se alimentar do néctar das flores?
Dadá Maravilha, folclórico jogador de futebol, dizia que só três coisas conseguem permanecer imóveis no ar. Ele – Dadá – o helicóptero e o Beija-Flor.
É verdade. O Beija-flor fica paradinho no ar, enquanto “beija” uma flor. Aliás, tudo para pra ver o Beija-flor parar, voar – ser Beija-flor! O tempo para quando passa o Beija-flor...
Eu fico parado, olhando o Beija-flor. Deitado na rede, eu o observo chegando e partindo sem ao menos perceber minha presença. Eu, por outro lado, pauso a leitura do jornal ou daquele livro que estou lendo.
Observando-o percebi que apesar de lindo, é triste o Beija-flor. A beleza externa, alcançada pela mistura inenarrável de cores e pela agilidade em voar e conquistar admiradores, contrasta com a triste realidade de não poder fazer outra coisa, senão beijar flores e voltar para sua prisão. Sim... Este Beija-flor, pelo que sei, vive preso.
Sua gaiola, não tem flor. Não tem jardim. Não tem alegria. Acho que não tem vida – a vida que ele só encontra aqui de fora, nos quintais e jardins alheios.
Vive triste, o Beija-flor.
Um Beija-flor sem flor.
Seu dono, descobri mais tarde, também acha lindo o Beija-flor. Por isso, e por medo de perdê-lo, vigia o passarinho.
O coíbe.
O proíbe.
Apesar de vir voar no meu quintal, o Beija-flor não se aproxima. Minto: uma vez ele veio até mim. Ficou ao meu lado e me percebi dentro dos seus olhos. Pedi em silêncio para que ele ficasse – ele foi embora e só voltou novamente por aqui para se alimentar do néctar das flores. Depois disso, ele não veio mais até mim.
Tem medo, o Beija-flor. (?)
É prisioneiro.
Da sua prisão, acredito que só ele possa se soltar ou, se escolher assim, pode para lá nunca mais voltar.
Mas, por que volta para a gaiola o Beija-flor? Gosta de ser preso ou tem medo de ser livre? (!)
Pode ser - e as vezes isso acontece - que o passarinho goste mesmo daquele que lhe prende...
Não sei.

Enquanto isso, enquanto ele não decide sua vida, beija flores e voa... voa para longe, para perto de mim ou para outros jardins onde encanta tanto como por aqui, mas sempre volta para aquele que diz por ele ter amor. Será que é amor o que sente aquele que prende o Beija-flor? Quem ama não impõe e sim conquista a presença do ser amado... (?)
Não entendo nada sobre o amor. E muito menos sobre o amor do Beija-flor. Aliás, seria tolice querer entender.
Eu, enquanto isso, o observo – o Beija-flor – no seu intenso bater asas e rotina de Beija-flor... quando ele vai embora, não sei se torço para que volte amanhã ou se desejo que ele não volte mais.
Para não ter que perdê-lo, acho que prefiro não tê-lo. É melhor, mais justo e natural, deixá-lo vir, voltar, voar...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eu acredito *


Ao longo da história, o dia 27 de setembro foi marcado por vários acontecimentos importantes. Sem contar que neste dia serão comemorados os aniversários de uma porção de gente que eu conheço, gosto e sempre esqueço. Não é maldade, muito menos descaso, é apenas meu jeito desligado de ser.

Mas, tirando os “parabéns” que não serão dados por mim, no domingo também se comemora o Dia Nacional do Idoso. Foi neste dia, no ano de 1998, que foi criado aquele que seria o maior site de buscas da Internet, o Google. É também o dia da Caridade, da Música Popular Brasileira, do Cantor e do Encanador... Todos eles, figuras muito importantes em nossa existência. Afinal, hoje em dia nossa vida se torna um caos quando não temos o Google, por exemplo. Com o Google fora do ar, nós também ficamos, literalmente falando, fora do ar. Imaginem, meus amigos, o que seria de nós, pobres mortais, sem o encanador? Nem gosto de pensar.

E sem a música – a nossa música. Já pensou? Não, definitivamente, não dá! Sem contar que nossos idosos, lembrados especialmente durante esta semana, estão de forma bem direta ligados à evolução do nosso país. Temos muito que aprender com eles, inclusive sobre a caridade, também celebrada no primeiro dia da próxima semana.
Porém, domingo, dia 27 de setembro, poderá ser um dia histórico e inesquecível para nós uberabenses. Jogando em Natal, no Rio Grande do Norte, o atual time do Uberaba Sport Club, pode entrar para a história das nossas vidas se conseguir a classificação para a Série C do Brasileirão, ganhando do Alecrim, time daquele Estado.

Só restam 90 minutos – eternos 90 minutos – e dois gols para que isso aconteça.
É hora de torcer!
Torcer de verdade!
Acreditar!
Apesar de o USC ter sido derrotado no primeiro jogo dentro de casa, no domingo, por 1 a 0, a confiança do torcedor não se abalou. Isso é bom e com certeza será repassado para dentro das quatro linhas.

Acredito, porém, que algumas coisas devam ser levadas em consideração. 1º: se o time não conseguir o triunfo, não há motivos para vaias e sim para aplausos, já que chegamos muito longe e em condições financeiras e estruturais nem sempre favoráveis. 2º: caso o time se classifique, não se pode achar que está tudo um mar de rosas, porque não está! Na Série C, como todos sabem, o bicho pega e é preciso muito mais organização para de lá saltarmos para a Série B. 3º: Futebol só é tão apaixonante como é, por conta disso – essa angústia boba e chata e, ao mesmo tempo, boa de sentir; esse arrepio esquisito e inesperado que dá na hora em que o hino do clube de coração toca nos alto-falantes do estádio; e, por esse orgasmo das cordas vocais no momento do gol da vitória!
Boa sorte aos jogadores, torcedores e ao Uberaba Sport Club!
Bom final de semana a todos!

(*) Publicado na edição do dia 25 de setembro de 2009 do Jornal da Manhã/Uberaba(MG)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Enquanto o sono não chega


E se os sonhos se tornassem reais?
E se tivéssemos asas? Se pudéssemos voar?
E se pudéssemos ser invisíveis, atravessar paredes e ter visão raio-x?
Se soltássemos teias de aranha e pulássemos pelos prédios da cidade?
E se fossemos tão rápidos como são rápidos os relâmpagos?
Se tivéssemos uma força descomunal? Uma força assim, capaz de suportar qualquer coisa?
Se fossemos a prova de balas, de fogo, de água, de tudo?
Se tivéssemos todos esses superpoderes, seriamos imortais?
Talvez. Pois, como quase tudo na vida, depende do ponto de vista e da forma como encaramos e interpretamos cada coisa, da mais simples à mais complexa.
Penso que não seríamos imortais. Morreríamos. Senão no campo físico, no espiritual. No campo do pensamento, onde está o subcampo do esquecimento, é difícil ser imortal. É difícil não ser esquecido. É praticamente impossível.
O certo, imagino, é ser imortal enquanto se vive.
Como?
Vivendo!
Fazendo.
Fazendo a diferença.
Para você mesmo.
Para o mundo.
Para alguém.
Sendo original.
É possível que um simples telefonema em uma noite fria para alguém que se sentia gelado por dentro a ponto de se comparar a um iceberg, transforme quem ligou em um ser imortal. Na lembrança daquela pessoa fria que fora invadia por um calor fora do comum, o momento, o ligador, a voz: são imortais. Viverão para sempre. Mesmo que morram. Viverão.
Para se fazer imortal. Lembre-se.
De ser gentil.
De sorrir.
De brigar, se preciso.
Lembrando-se, logo será lembrado ou nunca esquecido, a ponto de nunca se tornar uma lembrança e sim um pensamento constante.
Imortal é aquele ou aquilo que fica mesmo depois de ter ido para sempre...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novos tempos, novos desafios


Desafio. Eis uma palavra constante no exercício da profissão jornalística. E não é de agora. Exercer o jornalismo, com ou sem obrigatoriedade de diploma, sempre exigiu atenção, faro, disponibilidade, coragem e formação.
Claro, não podemos deixar de lembrar que a profissão passa por um momento difícil. Após a decisão dos nossos Supremos Juizes em derrubar a obrigatoriedade da formação acadêmica, muitos profissionais, estudantes e vários segmentos da sociedade demonstram preocupação com o futuro do jornalismo nacional. A grande inquietação é mesmo em relação à qualidade da notícia, da informação – a qualidade (ou falta dela) do jornalismo.
E, como o jornalismo vive e cresce em meio aos desafios, essa é a bola da vez! Mais do que direcionar suas atenções para o fato da não exigência do “canudo”, os profissionais e a sociedade devem estar atentos à forma como as notícias estão entrando nos lares brasileiros, seja por meio da TV, Rádio, Jornais ou Internet. Não importa tanto qual é a mídia, mas, isto sim, a qualidade da informação.
Agora, ao contrário do que está acontecendo em muitos lugares, é a hora de o curso ser valorizado. A técnica, a pesquisa e a formação adquiridas na academia são imprescindíveis. Um aluno de Comunicação tem a oportunidade de discutir ideias com mestres e grandes autores da área, aprendendo e ensinando um pouco mais.
O assunto não se resume ao momento em que as empresas escolherão entre um profissional diplomado ou um de carreira. Vai mais longe. Um jornalista de carreira foi formado pelo mundo, o que é muito bom. No entanto, o aluno das escolas de comunicação está sendo formado, através de estágios e trabalhos extra-curriculares, pelo e para o mundo. O grande desafio do jornalismo é ser muito mais do que um distribuidor de notícias. Isso, os blogueiros fazem muito bem e com eficiência. O que deve ser valorizado e exigido aos profissionais é o tratamento da notícia como um bem comum e não só como um produto perecível. O diploma se vai, os jornais se rasgam, rádios, computadores e televisões serão desligados, mas, a informação de qualidade fica e forma um mundo melhor.

sábado, 8 de agosto de 2009

Quereres




Às vezes a melhor coisa a se fazer é não fazer nada.
Ficar parado. Pensando. Até porque não dou conta e não acredito que alguém consiga ficar sem pensar em nada... dizem que quem pratica meditação consegue. Um dia eu tento e tiro a prova.
Enquanto isso fico aqui pensando nas várias coisas que eu tinha vontade de ser...

Eu queria ser um espelho. Todo mundo encara e olha nos olhos do espelho. É na frente do espelho que somos nós mesmos – atrás de maquiagens, roupas e penteados – é você e só você quem está ali. O espelho, por sua vez, não mente. Mostra-te tudo: seus defeitos e qualidades físicas e a exata maneira como você está se sentido no momento em que olha para ele: os olhos não mentem, não conseguem mentir. E não adianta fazer biquinhos e caretas e poses sensuais: é você quem está ali. O espelho é a realidade nua e crua.

Às vezes eu queria ser um barco sem motor, sem remador, sem capitão, vazio, solto no mar. E onde eu atracasse, seria o meu lugar. Às vezes, mesmo não procurando, encontramos exatamente o lugar, a pessoa, a situação perfeitos para a nossa vida. Um barco. Um vazio. Um mar. Um lugar.

Eu queria ser um livro. Um livro com uma história muito bonita e feliz. Uma história capaz deixar todos sorrindo, até chorar, soluçar, de tão engraçada e bonita que é. Eu queria ser este livro que alegrasse aquela menina que perdeu a mãe, ontem. Eu queria ser este livro, com esta história, para fazer sorrir aquele pai que perdeu o filho e não vê mais razão para viver. Um livro capaz de fazer com que as pessoas deixassem de pensar só em si mesmas, nem que seja por instante, e compartilhassem aquela história, bonita, feliz. Um livro. Um sorriso. Alegria.

Eu queria ser uma bola de futebol para o menino que nunca teve um brinquedo. Queria ser um copo de água para aquele velho sedento no meio do deserto. Eu queria ser o ombro amigo da moça triste que não tem amigos. Queria ser o foguete que estoura na comemoração de um gol. Queria ser o gol da vitória, do título. O gol. É, eu queria ser o gol.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Uma história


Parece cena de filme, mas, às vezes, tudo o que eu queria era ser um chinês muito pobre, muito velho e muito sábio, daqueles que costumam morar nos fundos de uma aldeia entre matas e montanhas.
Normalmente, são com esses anciãos que os outros moradores da aldeia buscam as respostas para suas dúvidas, as curas para suas doenças, uma palavra de conforto ou apenas a sua presença, a qual inspira segurança.Queria ser esse velho sábio chinês pelo fato de que odeio não ter uma resposta, uma palavra sequer, para determinados assuntos, sobretudo os que dizem respeito aos relacionamentos e o comportamento humano.Mas, não era sobre isso que eu queria falar. O que quero contar é que hoje, enquanto almoçava com uma pessoa muito especial, escutei uma história bonita, também digna de filme e ainda sem final. Mesmo sem desfecho, gostei causo e aqui tento recontá-lo.

Eis a vida.(...) Cheio de amor para dar, porém, sem tempo e sem ânimo para viver amores, um jovem, inocentemente, fechou um trato consigo mesmo: desde seu último relacionamento, terminado em setembro de 2008, não iria envolver-se com ninguém a ponto de se apaixonar, a ponto de querer algo a mais que não um beijo, uma transa, um ficar. Pelo menos até o próximo ano, seria assim. Então, ficou combinado entre ele e ele mesmo e assim estava decidido. Honesto que é, não houve a necessidade de um contrato assinado. Homem que é homem tem palavra e palavra vale mais do que tinta nanquim rabiscada em papel.Que vida boa desde então! Jovem, começou a aproveitar o que não aproveitara antes. Festas, bebidas, garotas, mulheres. Abraços, beijos, peles, suor e perfume. Alegria. Curtição. Sim, é claro, amigos. (É ou não é uma vidona?)Eis que não acreditando na força do destino ou nas coincidências cotidianas, ele curtiu. “Sou novo, tenho mesmo que aproveitar a vida!”, sempre afirmava para si mesmo. Tolo que é fugiu dos sentimentos e de quem queria lhe dar algo a mais do que beijos e uma boa noite de amor, ops, sexo. E assim foi, por quase um ano.
(...) Um dia, começou a aproximar-se daquela que seria sua nova investida. Linda, porém, ela não é só mais um rosto e um corpo bonito na multidão. Um ano antes, os dois se encontraram, mas ainda não se conheciam. Nada além de “ois”, “olás”, “bom dia” e “boa tarde”, “até amanhã”. “Um dia”, dizia ele, “vou ficar com essa moça. Ah, se vou”.Casada e fiel, ela nunca o olhou de outra forma, senão como um colega. Casada, fiel, mas um pouco infeliz, ela começou, com o passar do tempo e do crescimento da afinidade entre os dois a confiar e confidenciar a ele um pouco das suas frustrações e desencantos dentro do matrimônio. Ex-casado e fiel, mas muito infeliz no matrimônio, tudo o que ele poderia fazer era ouvi-la e – honestamente – lhe desejar melhoras e torcer para que tudo passasse e se resolvesse da maneira mais feliz. O sorriso dela, para ele, beira à perfeição. Muitas vezes, ele se calou com medo de interpretações erradas da parte dela. Quantas vezes quis chamar de burro esse marido que não a compreendia, não a ouvia e muitas vezes, por incrível que pareça, não a enxergava. Entretanto, tudo o que o jovem não queria era que ela pensasse: “está falando assim do meu marido só porque estou frágil. Só quer se aproveitar do momento para atacar”. E assim se seguiu. Os conhecidos se tornaram colegas, que se tornaram amigos, que se tornaram amiga e amigo, mulher e homem. Entre telefones, trocas de e-mails e conversas, boas conversas, embaixo de uma árvore, eis que surgiu entre eles uma vontade gêmea de ficar e não pensar em nada. Desejaram-se. Permitiram-se. Encontraram-se. Entregaram-se. Ficaram juntos. Abraços, beijos, transa. Fim. Não, inicio.Ele, fraco que foi, quando deu de si, já estava, da maneira mais ingênua, mais tola, mais veemente, apaixonado. Não resistiu e foi vítima para depois ser réu confesso do seu “erro”. Tolo! Ela é casada! Ela tem outro, ama outro! Ela não quer!Por mais que tentasse explicar para si mesmo que tudo não passava de uma confusão, um engano, se viu entregue, de braços abertos àquele que seria seu amor platônico.Resolveu que seria melhor esquecer tudo. Não deu conta. Decidiu, então, contar tudo à ela. Guardar certas coisas só para si mesmo não é nada bom, pensou. Contou.Susto! Surpresa. (das duas partes) É difícil precisar quem ficou mais assustado... mas, ainda assim, os dois continuaram sua amizade, suas conversas, suas molecagens. E, o melhor de tudo, continuaram se olhando nos olhos na hora de conversar.Eis que dois dias depois da revelação, na hora do almoço, juntos e sozinhos, longe dos colegas de trabalho, decidiram, enfim, falar sobre o assunto pessoalmente e não ao telefone ou por e-mail. Meio sem graça, ela puxou a conversa. Atento e com medo de ter estragado tudo, ele a ouviu. Em pleno meio-dia, tudo parou. Tudo se calou. Eram só ela, seu olhar e sua voz. Mas, letra por letra, palavra por palavra, a realidade foi se desenhando à frente do jovem... Não dá. É impossível que eles fiquem juntos.

Entrementes, tirar o positivo de cada situação, mesmo que ela não seja a mais feliz do mundo, é um dom. E eles, ao que tudo indica, tiraram. Para ele, serviu para mostrar que seu coração sabe escolher bem alguém digno de sentimento. Para ela, toda a situação serviu para mostrar que embora o homem que ela ama não veja, talvez por tolice, excesso de zelo ou simples descuido, ela é sim, muito especial e digna de atrair olhares sem maldades, que vejam muito mais do que a sua indiscutível beleza exterior. A jovem entendeu que nem todos querem só sexo com ela. Carinho, abraços e palavras verdadeiras, muitas vezes, valem mais, muito mais.

Cada um tem sua história. Quando duas histórias se encontram, tornam-se uma nova história. Algumas delas têm fim. Outras nem ao menos começam e param no prólogo. A desses dois, para mim, está apenas começando... daqui a alguns anos, talvez ainda continuem sendo dois amigos, quem sabe? Ou, não. De qualquer forma, é uma história bonita de se contar...

Seu eu fosse aquele ancião chinês morador do fundo de uma aldeia entre os montes e vales de terras orientais, eu daria apenas um conselho, sábio, aos dois: Permitam-se ser felizes.

sábado, 18 de julho de 2009

Entre bocejos e cervejas

Eis a vida.
Entendo muito pouco de tudo. Entendo nada de tudo: essa é a verdade. Complicado.
Não. Não estou vivendo um momento depressivo, mas, às vezes dá vontade de saltar em um abismo para simplesmente sentir a sensação de incapacidade que há dentro de cada um de nós quando nos encontramos em meio a situações difíceis, desesperadoras... Após pular, nada me fará voltar. Se Deus existir e minha fé for mesmo verdadeira, talvez – talvez – Ele envie um anjo para me segurar. Do contrário, vou me espatifar no chão. Ou seja, certas escolhas não têm volta.
Porém, antes de tomar uma decisão – na grande maioria das vezes – temos opções. Muitas vezes erramos. Outras tantas acertamos. Só descobrimos se foi um erro ou acerto após escolher. Pelo medo, não escolhemos nada e ficamos estagnados e pior ainda, frustrados por não ter ao menos arriscado.
É fato: só sabe o gosto da maçã quem dela experimentou!
Mas, isso não quer dizer muita coisa. Pois, ao contrário do que muitos pensam, não escolher nenhuma opção é também uma escolha. Não é medo. Pode-se ir para o norte, para o sul, mas pode-se também permanecer no leste. Algum problema?
De tudo, porém, acredito em uma coisa: seguir a moda do Zeca Pagodinho e se deixar levar não seria minha escolha. Acreditar em destino é, para mim, uma grande falta de criatividade e, por isso, colocar toda a responsabilidade pelo nosso sucesso ou fracasso nas mãos desse tal de destino é, no mínimo, besteira. Se você pode escolher o que fazer ou não da sua vida; se pode escolher ou não se casa ou compra uma bicicleta; se pode optar por dormir ou ir para aquela festa: por que deixar para ele, o destino, escolher? Entretanto, também neste caso, a decisão final de deixar sua vida nas mãos do destino é sua e só sua.
Cuidado, quem acredita diz que o destino é um fanfarrão.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Protesto!


Eis a vida.
Se eu não estiver enganado, o primeiro protesto do qual eu me lembro de ter assistido, aconteceu na Copa do Mundo de 1990. Naquele fatídico ano, nossa Seleção fora desclassificada nas oitavas de final ao perder para eles, nossos hermanos, os argentinos. Na volta para casa, o técnico da época, Sebastião Lazaroni e Dunga, hoje treinador, foram responsabilizados pelo público, pelo povo, como os dois principais responsáveis pela eliminação precoce.
Por sermos conhecidos como o país do futebol, é lógico que todo mundo ficou puto da vida! Assim, os protestos foram intensos – não violentos. Resumindo: o time jogou mal e o povo protestou. Justo.
Um pouco depois, em 1992, uma grande quantidade de jovens brasileiros tomou as ruas das principais cidades do país exigindo o impeachment do presidente da República, Fernando Collor. (Lembro-me bem que muitas mulheres votaram nele por o achavam “bonitão”). Conhecidos e eternizados como os “caras-pintadas”, pois na face sempre havia as cores da bandeira nacional, eles ajudaram – através dos protestos – a derrubar Collor do poder. Com várias acusações de corrupção em cima das costas, o ex-presidente, acabou renunciando ao cargo no dia 29 de dezembro daquele ano. Ainda assim, ele perdeu seus direitos políticos por oito anos.
Pois bem: o cara foi eleito pelo voto popular. Não fez a tarefa da forma correta. O povo ficou puto da vida e protestou. Justo.
Além desses, vi vários protestos. Já vi estudante fantasiado com nariz de palhaço para protestar contra a falta de atenção a um dos maiores bens de uma nação, a educação.
Vi também – várias vezes, diga-se de passagem – um monte de gente vestida de branco protestando e pedindo paz. Quantas vezes presenciei o povo protestando e pedindo mais empregos, mais saúde, mais atenção...?
Uma vez, participei de um protesto encabeçado pela Igreja Católica. Tratava-se do Grito dos Excluídos e pedia a inclusão social de todas as raças e povos. Pedia igualdade. Pedia justiça. Paz.
Também me lembro de participar de um protesto, não me lembro ano, do Encontro Nacional de Meninos e Meninas de Rua. Nunca fui morador de rua, mas queria e quero ajudá-los de alguma forma.
Claro, não podemos deixar de citar os protestos no Irã, após as suspeitas de fraudes nas eleições presidenciais. Lá, o povo protesta porque quer ser livre.
Enfim, acredito que desde o futebol até aos companheiros do Irã, os protestos eram por causas nobres. Válidas e, por isso, justas.
Agora, vejam comigo: no último domingo, dia 5 de julho, fui chamado para cobrir a notícia de um acidente de trânsito. Até aí tudo “normal”. Acidentes no trânsito acontecem todos os dias, seja por distração ou imprudência dos motoristas.
Porém, quando eu a fotógrafa do jornal chegamos ao ponto indicado, o tumulto que geralmente cerca os carros dos acidentados não estava lá. Olhando para cima, na rua próxima ao local da colisão, vimos um monte de gente gritando, outros chorando e outros só olhando. Fomos lá.
No meio da multidão, um homem arrastava o outro para o local do acidente. O primeiro, um transeunte que passava por ali na hora do sinistro. O outro, o motorista, bêbado. Sim, ele estava tentando fugir depois de colidir sua camionete, uma Hillux, em uma pick up Fiat Strada na qual estavam pai, mãe e a filha deles, de apenas oito anos.
A população protestou. Não admitia tal atitude. O povo ficou puto. Inclusive, alguns mais exaltados queriam linchar o motorista embriagado. A filha dele chorava. A ex-mulher e mãe da garota, também com uns copinhos de cerveja na cabeça, enfrentava a multidão. O povo gritava. A policia chegou. A gritaria aumentou. Um senhor apontou. E o motorista consentiu. Foi preso para alívio dele próprio – pois senão levaria uma surra – e desespero da filha. O povo aplaudiu.
Enquanto tudo isso acontecia, minha colega, a fotógrafa, fez seu serviço. Foi então que um grupo de jovens, amigos do condutor alcoolizado, resolveu encrespar. Eles não queriam que o “coitado” do motorista embriagado fosse fotografado. “Vai prejudicá-lo”, diziam eles, levando as mãos no rumo da lente da máquina. Mas, ela, minha colega e amiga, é porreta. “Estou fazendo e vou continuar fazendo o meu trabalho. Saiam para lá seu bando de mauricinhos!”, disparou, nervosa. Foi então que eu presenciei a cena mais triste e ridícula dos últimos tempos: organizados, os cerca de seis jovens levantaram os braços com os punhos fechados e tamparam a visão do camburão, impossibilitando que o homem fosse fotografado. Se eu não soubesse do que se tratava, diria que a cena era linda! Imaginem e construam a imagem dentro das suas mentes: Punhos erguidos para o céu em nome de uma causa! Pena que a causa e a intenção do protesto deles era ocultar um motorista embriagado que acabara de deixar uma família ferida e, pior ainda, tentou fugir. Fiquei puto!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Tempo de acertar *


Tudo tem seu tempo e há tempo para tudo. É mais ou menos isso o que se lê nas Sagradas Escrituras, mais precisamente no Livro do Eclesiastes.
Ainda naquele texto, lê-se que existe um tempo para nascer e um tempo para morrer; tempo de derrubar e tempo de construir; de chorar e de rir; tempo de plantar e tempo para colher o que se plantou – gostei desse. Tem uma parte em que o autor do Livro escreve: “existe tempo de rasgar e tempo de costurar”. Em outra: “tempo de calar e tempo de falar; tempo de guerrear e tempo de viver em paz”.
Pois é, há um tempo para tudo. E, mesmo quem não crê na veracidade das Sagradas Escrituras sabe disso. Não se pode querer fazer tudo ao mesmo tempo. Não se deve – como bem lembra o provérbio – passar com o carro na frente dos bois. Se for assim, geralmente a coisa não funciona.

Tenho visto, mesmo de longe, já que não cubro mais o dia a dia do Uberaba Sport, que estes preceitos não têm sido seguidos por parte da diretoria do colorado. Ora, o Campeonato Brasileiro nem começou e algumas atitudes são tomadas como se a bola já estivesse rolando há muito tempo. Pergunto: P’ra quê?
Como temos tempo de derrubar e de construir, os momentos estão sendo invertidos. A atitude errônea de afastar a imprensa do time destrói elos antigos, e também aqueles que estão começando a ser estabelecidos.

Para o bem de todos, o fluxo de informações deve ser facilitado, e não o contrário. O clube nunca viveu um momento tão bom e transparente como o atual – tudo graças ao trabalho da diretoria, que tenta de todas as formas deixar suas atitudes evidenciadas da melhor forma possível e assim evitar falatórios, acusações e tantos outros problemas. A liberdade de expressão dos cronistas esportivos também deve ser respeitada, assim como a opinião dos torcedores. Se o cara achar que está tudo ruim e escrever isso de forma séria e responsável, bom para o clube que, admitindo possíveis erros, só tem a crescer. Caso contrário – se o cronista estiver errado – melhor ainda para o clube, que mostrará que está seguindo pelo caminho certo.
Que o Uberaba Sport é grande, todos sabem. A grandeza do clube se contrasta, às vezes, com atitudes pequenas, tolas até. Claro que a organização é sempre bem vinda, mas convenhamos que escolher quem vai dar entrevista, sendo que o número de veículos de comunicação nem é tão grande, é no mínimo estranho. Pelo que bem me lembro, nunca houve confusão no quesito entrevista após os treinos. Pelo contrário.

Acredito que essa união entre imprensa e Uberaba Sport é mais benéfica para o clube. Por isso, é bom que a Assessoria de Imprensa do USC observe a questão com muito carinho. Notícias serão publicadas nos jornais impressos e divulgadas na TV e rádio, com ou sem o consentimento do clube. Porém, quando a negação de informações prevalece, tudo parece mais vago e o torcedor fica sem tomar conhecimento do que se passa no seu time do coração. União: essa é a palavra e o tempo é agora.


(*) Texto publicado na edição do Jornal da Manhã em 03-07-2009.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pobres e pobrezas

Eis a vida...
É possível terminar um dia, um mês, um ano, arruinado financeiramente e começar um outro dia, mês ou ano, falido, em todos os sentidos. No entanto, nem tudo depende apenas das forças do destino – forças, que para muitos, nem influem sobre nossas vidas. A vida é resultado da prática de várias ações suas e alheias.

Na tarde de última quarta-feira, 30 de junho, dois homens, armados com um martelo – nota-se que uma ferramenta que pode construir casas também pode destruir negócios e vidas – entraram em uma joalheria na rua Artur Machado, centro de Uberaba, e anunciaram o assalto.
Assustados, a funcionária da loja e dois clientes que ali estavam fugiram para os fundos e nada viram, nem mesmo o rosto dos dois indivíduos.
Sozinho no estabelecimento, um dos ladrões quebrou a vitrine e fez um “limpa” no balcão, levando cerca de R$ 30 mil em jóias. Prejuízo para o proprietário. Susto para a funcionária. Trauma para os clientes, um casal que escolhia as alianças do noivado.
Com os bolsos literalmente cheios, os dois assaltantes fugiram em uma moto, tomando rumo desconhecido.
Eis que hoje, 1° de julho, inicio de mês e, talvez, inicio de uma nova etapa na vida de todos os envolvidos, o dono da loja contabilizava seus prejuízos, que iam desde o vidro quebrado da vitrine até a última tarraxa utilizada para prender os brincos na orelha. A funcionária, ainda assustada, procurava notas fiscais, telefones úteis e tentava se esquecer de tudo o que vivera ontem. Já o casal, este não os vi. Mas, provavelmente ainda não esqueceram o ocorrido. Desde ontem, a vida de todos eles fora marcada, juntamente com a vida de cada um dos assaltantes, que abonados, ainda decidem o que fazer com o dinheiro proveniente da venda das jóias.
Estela, uma mãe jovem, de apenas 29 anos e com três filhos, um de cinco anos, outro de quatro e o terceiro que ainda está em sua barriga, no sexto mês de gestação, passa na frente da loja, vê o movimento: homens de ternos, conversando ao celular, um carro importado com outro homem de terno e também conversando ao celular... logo, ela pensa: eles têm dinheiro e podem me ajudar!
Com um filho sofrendo de doença de pele, estranha e causadora de várias feridas em toda a extensão de seu corpo frágil e o outro mais “saudável”, (apenas) com o catarro descendo e subindo das narinas, ela pede, quase implorando, R$ 1 para comprar leite.
“Estamos pobres como você, minha filha!” – responde um senhor.
Resta saber de qual pobreza estamos falando aqui...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Faces de um domingo


Eis a vida. Enquanto numa esquina a multidão comemora a vitória do Brasil sobre os Estados Unidos, sagrando-se tricampeão da Copa das Confederações, realizada na África do Sul... na outra, quatro jovens envolvem-se em um acidente de carro – até então, sem explicações concretas.
Tudo que sei, é que neste domingo eu trabalhei o dia todo para produzirmos a edição da segunda-feira do jornal.
Pois bem, pela manhã, acompanhamos aos jogos do Campeonato Amador de Futebol local. Gols, belas jogadas, churrasquinhos, torcedores, crianças e picolés. Só alegria.
Ainda pela manhã, atendemos a um chamado do Corpo de Bombeiros dando conta que um operário caíra de uma altura de 12 metros, ferindo-se gravemente, quando trabalhava na construção de estrutura metálica para uma empresa no Distrito Industrial da cidade. Até o final da tarde, o estado de saúde dele era grave, porém estável. Informações repassadas pelos seus colegas de trabalho, dizem que o trabalhador utilizava todo o aparato de segurança, porém, após duas falhas, uma dele e uma do aparelho, o jovem de 25 anos despencou estrutura abaixo. Acidente.
No horário do almoço, que para jornalistas nunca é no horário do almoço, aproveitamos e emendamos para assistir ao jogo da Seleção Brasileira – até porque também somos filhos de Deus e Ele, diga-se de passagem, é brasileiro. 3x2, de virada (e que virada), Brasil Campeão.
Só uma observação: tudo bem, vivemos em uma democracia. Mas, aguentar uma moça torcendo – freneticamente – para os EUA foi dose. O bom foi que ao final da partida, tiramos uma casquinha e zoamos muito com a cara dela... Só alegria – Parte II.
Já na redação, quase fechando o jornal, eis que surge um chamado: motorista desgovernado causa acidente na avenida Doutor Odilon Fernandes, um quarteirão abaixo do jornal...
No local, as quatro vítimas do veículo estavam sendo socorridas. Enquanto isso, alguns moradores aproveitaram nossa presença para cobrar do governo municipal um pouco mais atenção com aquela via, a qual, segundo eles, vem servindo como pista de racha para jovens durante as madrugadas. “Vocês têm que colocar isso no jornal”, dizia uma senhora, inconformada com a situação.
Cinquenta metros para trás do lugar onde estava o carro acidentado, um outro veículo se encontrava em cima da calçada e sem a roda direita. De acordo com testemunhas, o condutor do primeiro veículo dirigia em alta velocidade, quando em determinado momento perdeu o controle, bateu de raspão em um terceiro carro, bateu em cheio na traseira do segundo veículo, arrancando e arremessando para longe a sua roda traseira esquerda e logo em seguida, invadido a calçada e parado rente a um muro.
Resultado: quatro feridos, um em estado mais grave. Pais e amigos das vítimas, como sempre, atordoados. Ninguém sabia de onde eles vinham e muito menos para onde iriam. O que se sabe, no entanto, é que uma festa não terminou só em alegria. Acidente – Parte II.
Moral da história: trabalhando ou festejando, nunca é demais zelar pela sua e pela vida do próximo...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Silêncio...


21 de junho.
Ao longo do tempo, muitos fatos históricos se deram nesta data. Muitas figuras históricas também nasceram neste dia. Foi no dia 21 de junho, por exemplo, que nasceu nosso escritor Machado de Assis. Para os franceses, a data é lembrada como o nascimento daquele que é considerado o maior jogador deles, em todos os tempos, Michel Platini. É no vigésimo primeiro dia do sexto mês do ano em que se comemora o dia internacional da música; a Igreja Católica celebra a memória de São Luiz Gonzaga, patrono da juventude. Para quem gosta de futebol: foi no dia 21 de junho de 1970, no México, que o Brasil conquistou o tricampeonato mundial, tornando-se o primeiro tricampeão do mundo e garantindo assim o direito de ficar para sempre com a Taça Jules Rimet.
No dia 21 de junho, tem-se a noite mais longa e o dia mais curto do hemisfério sul, onde está localizada nossa nação. É neste dia em que se tem o inicio do inverno, a estação do frio.
Foi em 21 de junho de 2009 que o mundo, através da velocidade da internet, presenciou a morte de uma voz. Uma voz que fazia parte de um coro. Um coro contra a injustiça. Neda Sultan, 27 anos, iraniana, estudante de filosofia, atingida no peito por uma bala disparada – não se sabe exatamente por quem – quando participava de um protesto contra o resultado da eleição presidencial daquele país.
O rosto ensanguentado da jovem foi mostrado em todo o Planeta. Seu sangue, pode motivar ainda mais a libertação das mulheres e de grande parcela dos cidadãos daquela nação. Porém, neste caso, a tirania teocrática, calou uma voz. Mais uma voz. Deplorável. Triste.
O nome da jovem significa “voz” ou “chamado” no idioma persa. Sim, uma jovem que estudava filosofia, ciência que estuda a razão, a sabedoria, buscando aprender a realidade em sua totalidade, foi morta por aqueles que parecem viver fora da nossa realidade. No lugar troca de ideias, como acontece nas grandes correntes filosóficas, uma troca injusta: um grito de socorro e de insatisfação é trocado, calado, por um tiro no peito. Silêncio.
Ainda não se sabe se o presidente “eleito” Mahmoud Ahmadinejad continuará no poder ou se a eleição será revista. O que se sabe, porém, é que gente inocente está morrendo por conta de um governo inescrupuloso e que não tem a menor noção do que é respeito à vida. Mártires morrem por uma causa apostando que esta causa prevalecerá - isto, sempre visando o bem comum: que assim seja com a "voz" de Neda Sultan.

Trocas *


Éramos seis competidores. A corrida estava prestes a começar. Todos concentrados. A plateia não se calava. Torcia! E nós, atletas da tradicionalíssima corrida no saco, não contínhamos a adrenalina. Eu suava. O saco que eu utilizava era de batata. Pinicava! Mas, isso não poderia me abalar. Havia treinado durante todo o final de semana para esse dia. O dia em que eu venceria a corrida no saco, no educandário onde estudava. Olhei para um lado e para o outro e não a vi. Mas, sabia que ela estava ali. Ela sempre estava.
Após o apito, todos largaram. Cada um tentando pular mais rápido e distante do que o outro. Eram vinte e cinco metros de percurso. Aliás, vinte e cinco longuíssimos metros. Eu sabia que tinha condições de vencer. E venceria! Eis que olho para os lados e não vejo nenhum dos outros cinco “puladores”. Estava no papo, pensei comigo. Faltavam apenas alguns três ou quatro pulinhos e, enfim, a consagração.
Então, caí! Caí e fui para um dos piores lugares do mundo, para uma criança que queria vencer. Caí direto para a derrota.
Com a mão suja, o rosto sujo, até a língua suja, chorei. Raiva! Queria e precisava vencer. Levantei minha cabeça e, de repente, aquela mão veio de encontro à minha. Era tudo o que precisava. Era minha mãe! Ela sempre esteve e está comigo.
(...)

Acompanhando os jogos das categorias Infantil e Juniores da Liga Uberabense de Futebol, imagino que cada um dos atletas deve ter a mesma necessidade que eu tinha. A presença de alguém que, só de estar ali, dará uma força. Esse alguém, na maioria dos casos, são nossos pais.
Porém, fazendo as contas e olhando bem para as arquibancadas, percebo que nem todos esses atletas têm essa dádiva. Nem todos têm um pai berrando da arquibancada, gritando com o juiz por não ter marcado uma falta em cima do seu filho, ou simplesmente ali, quieto, torcendo, exercendo o seu papel de pai ou de mãe.
Para os filhos, os pais são heróis. Mais heróis do que o Homem Aranha ou o Batmam. Para os filhos, as mães são heroínas. Elas são tudo de bom. Nem a melhor receita do Programa da Ana Maria Braga compete com o arroz, feijão e bife da nossa mãe. Aliás, nada compete.

Por isso, penso que é tão importante essa presença. Acredito que não custa nada levantar no domingo de manhã, para ir ver o filho jogar futebol. É o sonho dele. E, na maioria das vezes, os sonhos dos pais têm muito valor para os seus filhos. Um exemplo: meu filho diz querer ser jornalista porque eu escolhi essa profissão. Se ele, hoje com cinco anos, diz isso para me agradar, só o tempo dirá. Mas, mesmo se ele diz para me agradar, isso é louvável. Então, por que não posso também fazer algo para agradá-lo, como ir assistir aos seus primeiros chutes na bola?
Isso é troca. E trocar amor é bom. Trocar presença é trocar amor.

Você, pai ou mãe, pode ir ao jogo com seu filho e, em troca, receberá um olhar de gratidão, que no fundo diz “que bom que você está aqui”.
Vai lá. Experimenta. Vocês vão gostar.
Aos filhos, um recado: chamem seus pais. Mostrem a eles que suas presenças são importantes, indispensáveis.
Aos pais, outro recado: torçam com limites. Se seu filho errar um gol, sorria para ele, ofereça-lhe apoio, dê força. Se o juiz errar, pode esbravejar, mas com limite, pois, com certeza, seu filho estará escutando tudo o que você diz.
No mais, sejam felizes e bom final de semana a todos!
(*) Originalmente publicada no Jornal da Manhã do dia 17 de abril de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009


Ah, o amor...

Em muitas conversas com amigos, sobretudo em mesinhas de butecos e até lanchonetes da faculdade, a gente tenta explicar, entender, descobrir o que é o amor. Difícil. Aliás, o amor é complicado e, muitas vezes, cruel. Cruel porque, de todos os seres, apenas o ser humano ama, e tudo que vem do humano, tem a triste tendência de se estragar, acabar – tornar-se humano demais.
Falando nisso, um dias desses, eu lia sobre o tal do amor platônico que, segundo o livro, é uma expressão usada para designar um amor ideal, alheio a interesses ou gozos. No sentido popular, o Love Platonic, pode ser um amor impossível de se realizar, perfeito, ideal, puro, casto!
Estranho né? O amor ideal é, ao mesmo tempo, impossível!
Pois bem. Amor ideal, pelo que aprendi em meus poucos anos de vida é o amor entre pais e filhos – sobretudo o dos pais/mães pelas suas crias. E olha que não é difícil ver muitos absurdos por aí, como mãe jogando filho em lixo e pai estuprando filha. (...)
Contudo, no mesmo livro, é revelado que isso não passa de uma má interpretação da filosofia de Platão, ao vincular o atributo “platônico” ao sentido de algo existente apenas no plano das ideias. Para o filósofo, “Ideia” não é uma cogitação da razão ou fantasia e sim, a realidade essencial.
O amor em Platão é falta. Neste caso, o amante busca no amado a ideia – verdade essencial – que não possui. Quando isso acontece, supre a falta e se torna pleno. (...) Sim, a pessoa fica perfeita.
Mas, não foi para filosofar que me dediquei a escrever, hoje. Quero mesmo falar “daquele” amor. Aquele que nos faz fazer tudo que não deveríamos, mesmo sabendo que não deveríamos. Isso é amor, pra mim. Amor é loucura.
Amores impossíveis, na verdade, são os mais verdadeiros, sinceros. Talvez, por isso são impossíveis. Amor é sonho.
É comum a gente se apaixonar por quem não deveria. Muitas vezes, amamos que não merece ou não está aberto para tanto sentimento. E, tantas outras, amamos sem querer amar e por isso queremos amar ainda mais. Entendeu? Não? Explico: quanto mais você não quer, mais vontade dá. Coisa de gente apaixonada. O amor é complicado.
Em todos os casos citados acima, tudo o que a gente quer é reciprocidade. Infelizmente, poucas vezes ela acontece. Ora a pessoa é comprometida; ora ela também já tem um amor impossível; e, ora, ela simplesmente não te quer. Fazer o quê? É a vida. Mesmo sendo um sentimento, muitas vezes, o amor é racional demais.
Seja qual for a alternativa, muitas das vezes, a gente sofre um pouco. É muito ruim não ser correspondido. É muito ruim ter planos para alguém e esse alguém não querer fazer parte deles. É ruim não ser amado por quem a gente ama ou se apaixona. Mas, pior do que tudo isso é não amar. É bom amar.
É bom correr riscos e fazer coisas que você jamais faria. É bom enfrentar o mundo por acreditar em algo, em alguém. É bom sorrir de coisas aparentemente tolas, mas que passam a ter graça e importância pelo simples fato de uma pessoa estar ao seu lado. Até jogar Jogo da Velha passa a ser a coisa mais divertida do mundo, desde que seja com “aquela” pessoa. Não há nada que se compare ao sorriso de alegria da pessoa amada ao receber um carinho, um presente ou simplesmente sua atenção. É bom, muito bom, conquistar um grande amor. É melhor ainda reconquistar esse amor todos os dias. É bom ter a quem dar colo, é bom receber colo do seu amor. Sim, é bom amar.
Mas, infelizmente, por não saber amar, nem sempre iremos perceber tudo isso.
Amor não se procura ou caça. Ele simplesmente vem. Mesmo sem querer. Não há definição para tal sentimento. O que importa, de verdade, é vivê-lo – intensamente. Não perca tempo procurando um amor em sites de relacionamento. Não perca noites de sono pelos simples fato de estar sozinho. Pelo contrário: durma bem e acorde motivado, sorridente para que, ao ver seu sorriso, “aquela” pessoa se encante, se apaixone, e o amor passe a ser a única e mais importante semelhança entre vocês dois.
É isso!

Chegando...


Olá!
Eis que lhes apresento o meu "Infinito Particular".
Infinito porque tenho certeza de que ninguém nunca me conhecerá por inteiro.
Particular porque somos únicos.
Quero utilizar este espaço para escrever sobre tudo. Tudo mesmo. Quero expor ideias e trocar ideias.
Claro: eu quero saber o que se passa na ideia de cada um que vier por aqui.
Sejam bem vindos. Entrem, leiam, critiquem, comentem e fiquem a vontade para expor suas opiniões em cima da minha exposição de opiniões.
Vai ser legal!