Palavras soltas...

(...) "Tenho aprendido muitas coisas nos últimos tempos. Uma delas é que jamais podemos deixar para amanhã um gesto de carinho, um sorriso verdadeiro, uma declaração de amor."

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mengão do meu coração!


Venceu o melhor.
Venceu o time que jogou o futebol mais bonito, mais aguerrido, mas raçudo, mais guerreiro.
Venceu simplesmente o time que mais venceu durante a competição. Como se trata de um campeonato de pontos corridos, nada mais justo do que o time que mais venceu sair como o campeão. (acho que isso não se discute mais)

Venceu o Flamengo. A torcida rubro-negra. A mais vibrante, apaixonada e influente torcida do mundo.
Às favas com a humildade. O momento é de exaltação.
Estamos no topo da cadeia alimentar futebolística. Não tememos a nenhum predador. Nós somos os predadores. Nós somos o Todo-Poderoso Mengão!

Foram 17 anos esperando. Eu tinha 11 anos de idade quando o Doutrinador Geral do futebol brasileiro foi campeão nacional pela última vez. Depois, vi o Flamengo vencer a Copa do Brasil (que também é um titulo nacional), Copa dos Campeões e vários (muitos mesmo) Campeonatos Cariocas, onde, diga-se de passagem, somos os imperadores.
Naquele tempo, ainda criança, eu torcia e já me arrepiava com os gritos vindos das arquibancadas coloridas de vermelho e preto. Sofria também. Porque, alegria e sofrimento andam lado a lado. Uma só existe por causa da outra. Sofremos para sorrir no final. É assim a sina flamenguista. É assim a sina de qualquer torcedor.
Mas, o nosso sofrimento é maior e chega a ser bonito. Por sermos os maiores, as quedas são mais dolorosas. Existe quem torce pelo Flamengo e existe o resto do mundo que não se aguenta de inveja e ainda perde o tempo torcendo pela nossa derrota. A vocês, um recado: não adianta. Somos o Flamengo.

Ontem, 17 anos depois, eu pude gritar novamente que o Flamengo é campeão. A conquista me lembrou o tetracampeonato da Seleção Brasileira, em 1994, quando o time comandado por Parreira conquistou, depois de 24 anos, outra taça da Copa do Mundo. Os grandes vulcões apenas adormecem, nunca morrem. O Flamengo é imortal.

Para quem ainda insistia em afirmar que o Grêmio entregaria o jogo, só restou a decepção pela constatação de que o Flamengo não precisa disso. Gostamos e encaramos as dificuldades com prazer. A história mostra isso. Os grandes adversários enaltecem ainda mais nossas glórias e conquistas. O Grêmio, por sua vez, mostrou dignidade, profissionalismo e honradez. Time de homens, ao contrário da arcoirizada da ala nobre da cidade de São Paulo, onde está instalado o grandioso estádio Cícero Pompeu de Toledo, que ainda insistem em dizer que deram chance ao Mengão ou ao Internacional. Se essa afirmação que me emputece cada vez que ouço fosse real, Washington, Ceni e companhia não estariam chorando até agora com seus lencinhos umedecidos. Deixa prá lá... não vamos perder tempo com derrotados. Somos vencedores.

Enfim, tudo o que aconteceu durante os pouco mais de 90 minutos da partida de ontem, no Maracanã, só serviu para que o Brasileirão terminasse da forma mais justa, correta e perfeita possível. Venceu o melhor, venceu o Flamengo.

Foi sinistro. Mas, no final foi fantástico.

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